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sexta-feira, 19 de abril de 2013

O Maniaco do Parque

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Era fim de tarde em julho de 1998, Elisângela Francisco da Silva tinha passado boa parte do tempo no Shopping Eldorado com sua amiga e conforme a noite se aproximava, ela decidiu ir embora, mas antes que fosse muito longe um homem se aproximou, apresentando-se como fotógrafo de uma importante revista, dizendo que a havia achado ela linda e que não poderia a oportunidade de tirar umas fotos desse belo rosto, pois aquilo era o destino.

Elisângela aceitou a proposta do homem, afinal ele parecia ser educado e aparentava ser uma pessoa elegante, não estaria mentindo, foi o que ela pensou. Logo os dois foram para o Parque do Estado, onde as supostas fotos seriam tiradas.

Antes que a mulher pudesse fazer primeira pose, ela foi agarrada pelo pescoço e estrangulada até quase morrer, mas Francisco de Assis Pereira não gostava de matar as mulheres antes de fazer o que ele queria. Assim enquanto batia nela, ele também arrancava as roupas. Quando ela estava pelada e não tinha mais forças para lutar, o Maníaco fazia aquilo que mais queria, pois todo seu esforço era para poder estuprar a mulher, fazendo tudo que quisesse e de todas as maneiras, até cansar de tanto usar aquele corpo, depois disso era só descarta-la, apertando seu pescoço até vê-la morrer sem ar, ficando roxa e se tremendo toda, com a vida abandonando o corpo.


Durante muitos dias seguintes o corpo de Elisângela foi procurado, mas só acabou sendo encontrado dia 28 de julho, estava em estado de decomposição avançada, tanto que levaram mais três dias para poderem a identificar.



Elisângela não era a primeira que havia caído no conto do Maníaco do Parque, pois no dia 5 de julho já haviam sido encontrado 4 corpos de mulheres estupradas e estranguladas até a morte. A polícia já suspeitava de um assassino em série, porém mesmo assim Francisco conseguia convencer algumas desinformadas.

A máscara do estuprador só começou a cair quando a Polícia, olhando alguns casos antigos, descobriu que houve outras tentativas de estupro no mesmo lugar no passado, e algumas mulheres haviam escapado, assim surgiu o primeiro retrato falado. E tudo começou a levar a investigação até a empresa de motoboys onde Francisco trabalhava e lá foi encontrada a identidade de umas das vítimas.

Sabendo do acontecido, Francisco fugiu para o Rio Grande do Sul e se escondeu na cidade de Itaqui, passando pela Argentina e diversas cidades pequenas, para que não fosse reconhecido. Quando partiu ele deixou um bilhete: “Infelizmente, tem de ser assim.”

Por sorte ele acabou sendo reconhecido por um pescador, que lhe entregou a polícia e assim ele acabou preso pela segunda vez, pois havia sido antes, porém fora liberado por falta de provas.

Francisco de Assis Pereira foi a julgamento e durante sua confissão disse que ficava excitado e sempre tentava conter seu lado malvado, mas não conseguia e acabava matando as mulheres para sentir o prazer que isso lhe dava.

No fim o Maníaco do Parque foi condenado por estupro, roubo, atentado violento ao pudor, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver, pegando 270 anos de prisão.

Depois de um tempo preso, uma coisa bastante curiosa aconteceu e o assassino de mulheres começou a receber cartas de outras, dizendo serem suas fãs e gostarem dele:


Eu não sei o que fazer para te distrair. Mas eu tenho uma ideia: primeiro quero dizer que te desejo todas as noites. É muito bom. Te acho gostoso, meu fogoso. Você está juntinho comigo, dentro do meu coração. Depois que chego em casa, queria você de corpo e alma, te amando. Te quero de qualquer jeito. Eu te amo do fundo do meu coração. Não perca a esperança, acredite em Deus, porque algum dia a gente vai se encontrar. Sei de seu comportamento doentio, por isso quero que fique calmo... 

Por enquanto, nossos beijos são assim. Mas quero te beijar de verdade. Acho que tens saudades. Eu te amo, te amo, te amo etc, te desejo, te quero de corpo e alma. E me perdoe por tudo que estou sofrendo. Sabe Francis, eu não me conformo, e choro. E eu preciso ser forte (…)
(Rita, 27 anos)

Quero te dizer que estou morrendo de saudade, querendo você... Aih meu Deus como te desejo todas as noites. Eu durmo sozinha e querendo você aqui. Mas sei que é impossível. O certo é eu ir te ver. E como posso sentir. Que é meu?
Francisco, não deixe a tristeza tomar conta de você e acabar com o brilho do seu olhar. Acredite em Deus, você não está e nunca ficará sozinho. Jesus te ama, sua mãe e seu pai também e, principalmente, eu… (Adriana, 22 anos)

Depois que tudo aconteceu, tentei dar um fim a minha vida, mais uma coisa super interessante teve que acontecer, eu pensei muito e tive esperanças, acredite o mundo dá voltas, quando a gente menos espera algo de bom sempre acontece. (Márcia, 18 anos – suposta ex)

Atualmente Francisco continua preso e se converteu a religião evangélica e diz que os crimes que cometeu no passado não foram sua vontade e sim uma coisa maligna que se apossou dele. Uma pesquisa realizada em 2007 mostrou que o caso do Maníaco do Parque é o mais lembrado do país com 76% dos perguntados tendo o citado na pesquisa.

Fonte: Mini Lua

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