Por que fizeram isto comigo? Há tanto tempo estou sequestrado que já perdi a noção do tempo. Semanas, meses... quem se importa? Os minutos nesta cela, neste purgatório, neste calabouço custam a passa de todo modo.
Já estou no limite! É duro ser acordado a pontapés, a baldes d'água e até chicotadas sem ter feito NADA! Aliás, sem eu ter nada para oferecer em troca de minha liberdade, pois não tenho nenhuma posse, nem nada de valor que interesse estes malditos estrangeiros. Sim, estrangeiros! Só podem ser uma quadrilha internacional, pois falam apenas uma língua que eu não entendo, e também acho que eles não me entendem.
Lembro do dia em que me sequestraram: eu havia saído para almoçar com meu filho menor, pois ele é muito peralta,e minha esposa queria realizar seus afazeres. Amo muito minha família, Adorava passear com meus filhos, sempre foi muito agradável, até este dia... Na volta para casa surgiram estes homens de preto, e tudo que pude fazer foi grita para Dean correr. Eles eram em cinco, e haviam me baleado pelas costas. Ferido, não pude defender meu caçula; espero que não o tenham levado também.
Desde então não tive mais notícias de minha família, nem sei se sabem o que aconteceu comigo.
Às vezes penso que vou enlouquecer! Não falo com ninguém desde que me trouxeram para cá. Os estrangeiros só aparecem para me dar comida (uma verdadeira lavagem) e me acordar. Tem alguns que até me "interrogam". Param na janela de meu cativeiro e parecem falar comigo, até sorriem, mas nunca soube o que me disseram.
E pelo jeito não sou o único sequestrado. Ao lado de meu cativeiro parece ter outro refém, mas ele fala em um idioma indistinguível. Com certeza um idioma diferente até dos estrangeiros.
Pelo tempo que estou aqui deviam ter percebido o engano, não sou quem eles querem! Por que não me soltam? Por que não me matam de uma vez? Tudo é melhor que esta agonia.
Prova que se enganaram é que nem meu nome eles sabem! Eu me chamo Stephen, mas neste lugar, chamado Zoológico, eles me confundem com um tal de Leão...