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domingo, 13 de julho de 2014

Não pise nas Sepulturas

Em uma noite um grupo de jovens estavam voltando de uma festa ainda animados. eles bebiam e riam alegremente. Até que um deles, ao perceber que estavam chegando perto do cemitério da cidade, decidiu contar histórias de terror. As meninas do grupo foram as que estavam ficando mais assustadas com suas histórias.

- Estamos quase passando pelo cemitério, vocês sabiam que nunca devemos pisar em um túmulo após o sol se por? Se vocês fizerem isto o morto agarra suas pernas e as puxa para dentro da sepultura.

- Mentira. – disse uma delas. – Isto é só uma superstição antiga.

- Se você é tão corajosa, por que não nos mostra? Eu lhe dou R$ 50,00 se você pisar em alguma sepultura.

- Eu não tenho medo de sepulturas e nem dos mortos. Se você quiser faço isso agora.

O menino lhe estendeu uma faca e disse:

- Crave isto em um dos túmulos e então nos saberemos que você esteve lá.

Sem hesitar a garota tomou-lhe a faca e caminhou até a entrada do cemitério, sobre a surpresa dos olhos de seus amigos que duvidavam que ela tivesse esta coragem. A garota entrou no cemitério onde o silencio era total, sombras fantasmagóricas eram formadas pela luz da lua e ela teve a impressão que centenas de olhos a observavam. Chegando ao centro do cemitério olhou em volta.

- Não há nada a temer – disse a si mesmo tentando se acalmar.

Então ela escolheu um túmulo e pisou nele, depois cravou a faca no chão e virou-se para ir embora, mas algo a deteve. Tentou novamente , mas não conseguiu se mover, ficou apavorada!

- Alguém esta me segurando!!! – disse em voz alta e caiu no chão.

Como ela demorava a voltar o grupo de amigos decidiu ir atrás dela, caminharam um pouco e a encontraram sobre um túmulo. Ela estava morta com uma expressão de terror no seu rosto. Inadvertidamente a própria garota havia cravado com a faca sua saia no chão, com muito medo ela pensara que algo sobrenatural a segurava e sofreu um ataque cardíaco morrendo em seguida...


Fonte: SuperNatural

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A Brecha


Sempre, sempre acontecia! Todas as noites meus pesadelos eram regados pela visão obtida com a pequeníssima brecha na porta do meu quarto. Minhas tentativas de sumir com aquela brecha eram, sem exceções, falhas. Por mais que eu fechasse a porta; nem com força, nem trancando, aquela brecha se desfazia. Havia algo através daquela abertura, algo que eu desejava incessantemente descobrir e, claro, me livrar.

A voz daquela coisa, sua voz... Era repugnante! O irônico "Kenny, venha brincar", dito por aquilo toda santa noite, divulgava-me um fato horripilante e desagradável: ele sabia meu nome! Mesmo que sua voz já tivera sido por mim ouvida, uma única parte do corpo, apenas uma, eu tinha ciência - a qual sinceramente eu desejava nunca ter conhecido: os olhos. Eram apenas pequenas bolinhas amarelas, destacando-se em meio ao negro forte de seus glóbulos oculares, no entanto o medo que podiam transmitir era tão imenso quanto o amor de uma mãe...

Toda noite meus batimentos cardíacos aceleravam, meus olhos se arregalavam, o suor escorria pelo meu rosto, rápido e abrupto, tal como uma gazela fugindo de um leão voraz. A sensação nauseante de encarar aquela brecha, aquela criatura... Escutar os sons da voz rouca daquele ser abominável! Terrível! Todavia, um dia esse pesadelo teve fim - infeliz, diga-se de passagem.

Foi o dia em que eu tomei coragem - por pura precipitação - de ir até aquela porta e desvendar o mistério que tanto me angustiava, descobrir o que demônios jazia naquela maldita brecha. Ideia definitivamente decepcionante. Difícil foi descobrir a natureza sádica omitida por trás desse pesadelo quase inacabável.

Traumático, impossível, inadmissível! Tenebrosamente impossível admitir que na realidade o que tanto me assombrara, era a verdadeira forma do ser que me criou...

Aquilo era minha querida mamãe...

Autor: Leon Leonidas

sábado, 26 de outubro de 2013

Sombras Noturnas

A lua está acima de minha cabeça, eu ando sozinho mas com a companhia das sombras que se projetam nas paredes estreitas dos becos em que me encontro vagando.

Sinto que algo me persegue, porém tenho medo de confrontar seja lá o que for. Continuo andando esperando que vá embora juntamente com o meu medo, mas isso não é algo de se livrar facilmente. Caminho esperando ver uma alma viva sequer, um cachorro que seja! Para acabar com essa aflição.

No entanto, nada. A sombra continua ali, me espreitando e me seguindo aos meus calcanhares. Olho as vezes para trás e sinto todo o horror e malícia em toda sua negritude. Meu coração se aperta como o de um animal em um abatedouro, porém, diferente de um cordeiro que se silencia à hora da morte, meu coração me denuncia no beco úmido. As batidas constantes e desenfreadas de meu coração delator.

Nítidos como faróis num morro escuro, os olhos da criatura se puseram a observar-me. Tão obstante se abriram, os meus quase saíram de suas orbitas ao se encontrarem por uma fração de segundo com os dele.

Por Deus! Quanta agonia e aflição em uma noite só!

A escuridão me assola e me pressiona. Minhas pernas já não suportam tanto medo e tremem feito galhos numa tempestade. A lua cintilante no céu é a única testemunha ocular de meu medo e terror.

As luzes da rua já se ascendem no final do beco. Sinto que não chegarei a tempo de ver as luzes da cidade mais uma vez. Aperto o passo num último esforço por escapar das garras da sombra que se projetam nos tijolos úmidos. Quando chego enfim ao fim do túnel das ilusões e insanidades, olho para trás; olho para o corredor da morte e vejo nada mais do que a imaginação de um homem bêbado.

Escrito por: Lucas José

sábado, 19 de outubro de 2013

O Casarão da Rua Flee

Era tarde da noite, algo em torno das 3:30 da manhã. A cidade estava fria, silenciosa e o tempo anunciava chuva. Eu e meu amigo estávamos voltando de uma noitada quando tivemos a ideia de entrar no casarão abandonado da rua Flee. O casarão da família Hopkins, que viveu ali durante duas gerações. Não foi preciso pensar muito - já que não estávamos pensando direito devido ao álcool. Decidimos ir.


A rua Flee era praticamente deserta e o único movimento que podia ser visto era o das folhagens e folhas das árvores quando sopradas pelo vento, assim como suas respectivas sombras que dançavam entre os muros. As vezes um ou dois cães também podiam ser avistados perambulando por perto. Chegamos a rua Flee em menos de 10 minutos. O casarão dos Hopkins ocupava um quarteirão inteiro, e as casas vizinhas, menores, estavam todas para alugar. Poucas eram as pessoas que moravam nas redondezas, se é que moravam. Pensando melhor agora, é bem raro ver uma luz acesa, mesmo nas casas habitadas. Os portões de metal do casarão estavam abertos, cobertos por ferrugem, folhagens e trepadeiras que desceram o muro e se enrolaram por entre as grades, forçando-as a permanecer sempre abertas. Entramos com o carro, devagar. Meu amigo ergueu a luz dos faróis; estava muito escuro e conseguíamos ver apenas o que era iluminado por eles. Parecia até que a luz da Lua não conseguia penetrar na residência. Uma fileira de mato e arbustos acompanhavam as laterais da estradinha pela qual o carro seguia - a vegetação reivindicou seu espaço, literalmente.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Te Observando

Alessa era uma jovem garota que passava o dia olhando pela janela, talvez procurando algo de interessante ou algo do tipo.

Ela mora com os avós em uma casa pequena e confortável, o lugar da casa que ela mais gosta é o quarto onde tem uma enorme janela.

Nada de novo acontecia até que um dia, um garoto se mudou para a casa em frente a sua.

Ele parecia tímido e muito quieto, por coincidência ele estava usando a camisa da banda preferida dela, ela logo percebeu que eles tinham algo em comum.

Assim como Alessa, ele passava os dias olhando pela janela, sempre que ele olhava, ela sentia algo estranho, parecia que ele olhava diretamente pra ela.

Já era noite, Alessa tomou um banho quente e foi deitar. Era meia-noite e ela não conseguia dormir, era como se alguém estivesse observando ela dormir. 

Ela levantou e olhou pela janela, e lá estava ele, observando..

Ela fechou as cortinas e foi dormir, ou pelo menos tentar. No dia seguinte enquanto trocava de roupa ela percebeu que ele estava sentado e olhando ela trocar de roupa.

Aquilo foi a gota d'água, foi então que ela tomou coragem e foi até a casa dele tirar satisfações.

A porta estava aberta e a casa parecia vazia, ela subiu as escadas e foi até o quarto dele, ao entrar 
encontrou pregado na janela um bilhete que dizia: Não estou aqui, mas se você olhar pela janela poderá ver que eu ainda te observo.

Alessa desmaiou e quando acordou estava amarrada na cama, sentado ao seu lado estava ele, olhando pra ela mais uma vez.


15 minutos depois ele disse: Agora você e eu podemos nos olhar pra sempre, até o nosso sangue secar e a nossa carne apodrecer.

O que se sabe sobre Alessa é: Ela aprendeu a observar. 
Cuidado, ela pode estar te observando agora.  

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Apenas uma metáfora

Willian e Fabio eram bons amigos. Eles cresceram justos. Todo dia, depois da escola, eles se encontravam para se divertir. Sempre se deram bem, até que um dia, Willian teve a ideia de comprar um formigário.

Ele amava o formigário, todos os dias deixava de ir brincar com Fabio pra poder ficar com suas formigas idiotas. Dia após dia, ele ficou observando as formigas, esquecendo completamente de seu amigo.

Certo dia, Fabio se revoltou com o amor que Willian tinha pelas formigas, e o questionou:

-Porque você gosta tanto dessas formigas inúteis? Se livre delas! Elas não fazem nada, apenas vivem suas vidas mediócres! Elas estão te atrapalhando.

Willian, com muita raiva, o expulsou de sua casa, e o exilou de sua vida.

Agora, meu caro leitor, eu pergunto a você: De que lado você esta?

Dito isso, deixe-me esclarecer as coisas.

Fabio retrata Lucifér, e Willian Deus. As formigas, bom, somos nós, humanos. E o lado de fora da casa de Willian, onde Fabio foi mandado, é o inferno.




quarta-feira, 18 de setembro de 2013

As Sombras

Olá, mais uma vez trago pra vocês um dos meus contos, espero que gostem.

Era fim de tarde, um grupo de amigos brincava na sala, mais um dia estava indo embora. Como já estava escurecendo, a mãe de James convidou os amigos dele pra passar a noite lá.

Eles estavam sem sono e não tinha muitas coisas pra fazer, então um deles resolveu brincar de imitar animais com a própria sombra, já que não tinha nada pra fazer os outros resolveram brincar também, logo eles sentiram algo estranho nas sombras, elas pareciam se mexer sozinhas agora.




Assustados, eles acendram a luz e tentaram dormir. Quando finalmente conseguiram pegar no sono, algo os acordou.

Ao abrirem os olhos, eles viram uma cena assustadora, a sombra de cada um estava em pé, olhando fixamente pra cada um. Durante 10 segundos eles não conseguiram se mexer, talvez estivesse em choque.

Dessa vez as sombras iriam se divertir com eles, elas empurravam os garotos, tomavam formas de monstros terríveis e riam sem parar da cara dos pobres garotos assustados.

A mãe de James ouve gritos no andar de cima e resolve ir ver o que está acontecendo. Ela abre a porta e vê os garotos ajoelhados de frente para as paredes, repetindo sem parar: ‘’Não se deve brincar com sombras. ’’
Ela chama pelos garotos e eles correm para perto de dela Ela conta á eles que um dia já avia passado pela mesma situação quando mais nova. E diz que sombras são seres travessos e diabólicos e que não se deve brincar com elas.

A mãe de James também brincava com sombras e até hoje se lembra do dia em que a sua sombra se transformou em um demônio que tentou leva-la para o mundo escuro. Quase ninguém repara, mas a mãe de James não tem sombra.

A sombra dela existiu e se foi a muito tempo quando ela rejeitou o demônio que ali habitava.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

O Link

Passava da meia noite, como toda e qualquer pessoa normal, um garoto estava navegando na internet em busca de distração. Cansado das redes sócias, resolveu pesquisar sobre um assunto que nunca chamou muito a sua atenção.

O garoto resolveu pesquisar sobre assuntos sobrenaturais, depois de acessar varias paginas, resolveu abrir mais uma antes de ir dormir. No site não avia muitas coisas, apenas links aleatórios, basicamente todos em inglês, porem um chamou a sua atenção já que estava destacado na cor vermelha. O título era > ‘’ From The Inside Out’’ (De dentro, pra fora).

Ele achou curioso e resolveu abrir, ao abrir logo no inicio pode ver um aviso que dizia: Para ter chegado aqui você deve ter pesquisado muito, não deixaremos você voltar’’. Mais uma vez o garoto achou que aquilo era algo comum do site. Em baixo do aviso, avia um link com o título de ‘’contagem’’. Ele clicou, e assim que clicou uma tela de contagem regressiva de 10 segundos tomou conta de tudo, ele tentou fechar mais não conseguia.

10. Ele está desesperado.

9. Não sabe o que fazer.

8. Está em choque.

7. Está tremendo e suando frio.

6. Ele pede ajuda, mais não há ninguém em casa.

5. Seus olhos já não piscam mais.

4. Ele sente uma sensação estranha.

3. Ele se convence de que não há mais nada a fazer.

2. Ele se pergunta porque o título do link era: ‘’De dentro pra fora’’.

1. Ele desmaia.

Ao acordar percebe que está num lugar estranho, escuro, ele só consegue ver um rastro de luz. Começa a se aproximar, ao chegar perto ele consegue ver os pais dele no quarto, a luz está acesa. Ele demora a perceber, mas logo percebe que está dentro da tela do seu computador. Desesperado, ele grita. –Socorro mãe! –Socorro Pai! –Eu estou aqui!

Já tarde demais, nenhum deles pode ouvi-lo ou vê-lo. Nunca mais se ouviu nada a respeito do garoto.

Depois do ocorrido os pais de David decidiram doar todas as suas coisas, menos o seu computador já que ali era onde ele passava a maior parte do seu tempo. O computador está guardado no sótão da casa faz alguns anos e dizem que ainda se pode ouvir o garoto pedindo a ajuda de seus pais.

Um aviso: Nunca procure demais por assuntos que desconhece, uma hora dessas você pode acabar entrando num link qualquer e ter o mesmo destino do garoto David. (Esse aviso também é valido para os anti-socias que estão entediados).

segunda-feira, 8 de julho de 2013

O Livro

Era uma vez um garoto que adorava ler. Ele lia todos os livros e revistas que conseguia comprar, e frequentemente ia para sua livraria favorita. Um dia, o garoto percebeu que já tinha lido tudo que a loja tinha à disposição. Ele procurou o dono, perguntando: "você tem algum livro que eu ainda não tenha lido?" E o dono respondeu: "oh, sim, eu tenho" e tirou de uma estante atrás do balcão um livro cujo título era "Morte". Tendo em vista que o garoto era um cliente antigo da loja, o dono decidiu dar-lhe um desconto, e vendeu o livro por R$ 50,00.

O dono da loja, no entanto, disse que o garoto nunca deveria ler a primeira página. Ele voltou pra casa, leu todo o livro e ficou bastante satisfeito com a história. No entanto, ele se perguntava o que havia na primeira página, e isso sempre perturbava seus pensamentos. Um dia, a tentação foi grande demais para o garoto: ele abriu exatamente na primeira página do livro, e derrubou-o, extremamente horrorizado.

Lá, impresso em negrito, estava:
"Preço sugerido: R$ 8,00"

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Um Conto Russo

Essa história foi contada pra mim pela minha vó e sua irmã, ambas foram testemunhas disso e juram que é real. Sinceramente, conhecendo as duas, eu acredito nelas 100%.

O evento aconteceu em uma noite em uma cidade ao leste da Rússia. Minha vó tinha cerca de 15 anos e vivia com a irmã e o marido de sua irmã (seus pais tinham falecido quando minha vó era nova). O marido era um alcoólatra abusivo, que tinha muitas vezes chegado bêbado em casa, fazendo uma cena no meio da noite. Porém, nesta ocasião, ele estava afastado em uma viagem de negócios na Ucrânia. Naqueles dias, devido ao regime comunista, a comunicação através de territórios era dificílimo, por isso as mulheres não sabiam exatamente quando ele voltaria para casa, mas imaginaram que ele ficaria longe por pelo menos uma semana.

Em algum momento no meio da noite, alguém bateu na porta, então as duas foram atender juntas. Ele estava de volta da Ucrânia, o marido da minha tia-avó. Ele estava gritando e chorando por causa de "alguém que viria para levá-lo embora." A irmã reconheceram que ele estava bêbado de novo, e que estava provavelmente fugindo da policia por ter feito algo estúpido. Elas bateram a porta na cara dele e tentaram ignorar os gritos dele. Depois de alguns minutos os gritos pararam, e elas voltaram para a cama. Durante vários dias elas não ouviram falar de e ele nunca mais voltou.

No final de semana, a minha tia recebeu um telegrama. Seu marido havia morrido uma semana antes, enquanto estava na Ucrânia - um dia antes de aparecer na sua porta.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Noite Maldita


Finalmente o dia 31 de outubro havia chegado aquele ano e mesmo que o Halloween não fosse um dia com muito prestígio no país, André sempre ficava animado com a chegada desta data todos os anos. Gostava de comemorá-la pelo fato de seu aniversário ser apenas alguns dias antes e sempre gostou de tudo que fosse relacionado à terror. A forma que a celebrava não envolvia nada de especial, apenas alugava alguns filmes para se sentir no clima e depois iria dormir, mas naquele ano tudo seria diferente.

No final da tarde havia passado em uma locadora, pois era uma das raras pessoas que preferia o jeito antigo e tradicional ao invés de assistir pela internet, e pegou três filmes, dois os quais já havia assistido e outro que o atraiu pelo nome, que indicava ser algum filme B, e André gostava de conhecer filmes novos mesmo que fossem ruins. O filme estava dentro de uma capa preta que continha apenas escrito “Halloween” na parte de cima. Imaginou que se tratava de uma cópia barata do filme original e como a data combinava com o título, decidiu alugá-lo. Outros dois fatores que o animara, foram que o filme não continha nenhum informação para se ler e ninguém da locadora sabia sobre ele, era como se tivesse aparecido do nada por lá.

Esperou a tarde da noite chegar para que não houvesse nenhum barulho na rua nem nas casas vizinhas e como morava sozinha e era uma sexta-feira, não precisaria se preocupar em acordar cedo no dia seguinte como fazia todos os dias da semana, então começou sua pequena maratona do medo. Já havia assistido os dois primeiros inúmeras vezes (A Profecia e Psicose, ambos eram antigos, porém ícones do terror) e mesmos sabendo tudo o que acontecia, adorava assisti-los e imaginava que jamais iria se cansar disso.

Na hora em que terminou de assistir os dois já estava cansado e eram as primeiras horas da madrugada, mas precisava assistir ao terceiro filme, se sentiu atraído a fazê-lo durante a noite toda e foi o que fez, mas logo depois se arrependeu de ter entrada justamente naquela locadora naquela tarde.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Chuva Mortal

Houve uma época em que os dias de chuva significavam dias de mortes e mistérios na pequena cidade de Lucópolis. Esses sinistros começaram em torno de 1989, ninguém na cidade se lembra direito da data e nem sabem se o terror terminou, mas todos já ouviram falar das histórias.

Tudo teve início com a grande tempestade, que de certa forma destruiu a cidade, ficando alagada e com casas destruídas, mas ninguém morrera por causa da chuva. Morreram por algo que vivia na estação de águas da cidade.


O caso começou a ser investigado quando cinco garotos estavam voltando para suas respectivas casas após mais um sábado de diversão entre amigos e quando atravessavam um terreno baldio que usavam como atalho, viram o que parecia ser um homem caído próximo ao muro que cercava o terreno. Não era possível ter certeza do que se tratava, então decidiram chegar mais perto para ver e quando viram o que era, se arrependeram de ter atravessado o terreno aquele dia.

O corpo estava virado para cima e em avançado estado de putrefação, vestindo apenas alguns trapos; o tronco estava com três marcas de mordida que não pertenciam a nenhum animal conhecido, pois as marcas eram bem grandes e possuíam um formato estranho, mas o inusitado veio com o reconhecimento do corpo: tratava-se de Raúl, um conhecido senhor aposentado que havia desaparecido no ano anterior.

sábado, 18 de maio de 2013

A Palvra de hoje é: Misericórdia

Olá, bem-vindo ao nosso jardim.

A palavra de hoje é a misericórdia.

Você pode dizer comigo: MISERICÓRDIA?

Significa ter pena de alguém.

Vou lhe contar uma história, e então eu vou lhe fazer uma pergunta sobre essa história.

Vamos começar.

É sobre um homem muito mau, chamado Adolf Rattigan, ele era um ladrão de inocências. Quero dizer que ele muito gostava de machucar crianças pequenas. Claro, todo mundo queria colocá-lo na cadeia por isso! Mas o Sr. Juiz disse: "Nããão, você tem que ter provas para isso, e advogado do Sr. Rattigan me disse que não tinha nenhuma, e ele foi solto."

As pessoas precisam de provas para acreditar em algo, porque se você não tiver, você pode ser chamado de mentiroso.

Então ninguém acreditava nas pobres vítimas do Sr. Rattigan. Mas os anjos sabiam que elas diziam a verdade. Os anjos nunca precisam de provas, pois eles sabem tudo.

Agora Rattigan está a solta. Ele mandou sua última vítima para cá - agora - para o nosso jardim.

Uma vez que estamos entre os anjos agora, ele não nos vê. Ele não pode me ver ou me ouvir contando a história dele neste momento. Ele não me pode ver eu me aproximar dele para dar o nosso presente especial. Ele pode sentir minha respiração, mas ele acha que é apenas o leve vento do outono.

Então, aqui está a nossa pergunta. Deveríamos ter misericórdia dele? Deveríamos ter misericórdia deste homem, que nunca sentiu isso por ninguém? Sr. Juiz diz sim, Mr. Lawman diz que sim, o Sr. Padre diz que sim.

Suas vítimas dizem não. Os anjos dizem não. Bebê Jesus diz não. Mr. Lucifer diz que não.

Mas você? O que você acha?

A resposta é muito simples:

Você deveria ter.

Nós não.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Arrependimento

Por mais que os estudantes da escola estudassem, eles não conseguiam agradar a Professora, no dia da prova somente uma menina conseguiu acertar todas as questões.

A Professora duvidando de sua inteligencia a culpou de “Colar”, embora a menina negasse colar a professora muito rude lhe deu uma advertência de 3 dias, sendo que quando voltasse iria fazer novamente outra prova (desta vez com a professora do lado).

Passado os 3 dias, a menina voltou, sentou no mesmo lugar de sempre e começou a fazer a prova. Acabado a prova a menina se retirou e a professora começou a tentar achar erros na prova … nada … a menina acertou tudo. Havia uma observação no final da prova “EU NUNCA COLEI”. A professora pegou o keitai (Celular), e ligou na casa dos pais da menina, para pedir desculpas (Se sentiu culpada, por ter sido tão rude).

Quem atende é um parente da menina que lhe informa que a menina havia se suicidado a 3 dias.

sábado, 26 de janeiro de 2013

As Flores da Morte

Conta-se que uma moça estava muito doente e teve que ser internada em um hospital. Desenganada pelos médicos, a família não queria que a moça soubesse que iria morrer. Todos seus amigos já sabiam. Menos ela. E para todo mundo que ela perguntava se ia morrer, a afirmação era negada.

Depois de muito receber visitas, ela pediu durante uma oração que lhe enviassem flores. Queria rosas brancas se fosse voltar para casa, rosas amarelas se fosse ficar mais um tempo no hospital e estivesse em estado grave, e rosas vermelhas se estivesse próxima sua morte.

Certa hora, bate a porta de seu quarto uma mulher e entrega a mãe da moça um maço de rosas vermelhas murchas e sem vida. A mulher se identifica como "mãe da Berenice". Nesse meio de tempo, a moça que estava dormindo acordou, e a mãe avisou pra ela que a mulher havia deixado o buquê de rosas, sem saber do pedido da filha feito em oração.

Ela ficou com uma cara de espanto quando foi informada pela mãe que quem havia trazido as rosas era a mãe da Berenice. A única coisa que a moça conseguiu responder era que a mãe da Berenice estava morta há 10 anos.

A moça morreu naquela mesma noite. No hospital ninguém viu a tal mulher entrando ou saindo.

domingo, 20 de janeiro de 2013

A Casa n°13

Hoje foi o dia em que eu e meu amigo Mal viemos a casa numero 13.

Havia um rumor circulando em nosso bairro de que se você ficar na casa abandonada numero 13 durante todo o dia e noite na sexta-feira 13, o proprietário anterior da casa aparecerá à meia-noite, porem, todos dizem que ele era um assassino.

Haviam relatórios policiais sobre esta casa, como na ocasião em que Mary Jayne Stalin e Joe Geller foram encontrados mortos, decapitados e esfaqueados 666 vezes. O assassino, também conhecido como "The Grim" era um criminoso sexual fichado, estuprador, e praticante de magia negra.

Então farei um resumo dos acontecimentos do dia. Mal meu parceiro me falou sobre esse rumor, e como éramos a dupla de "skatistas mais Destemidos e ousados" da escola, decidimos ir.

Eu peguei todo meu material de camping e preparei a minha Magnum.44, mesmo sendo uma arma ilegal que meu pai ganhou por ser um membro de uma máfia, eu levei munição extra na mochila também, havia uma série de perigosos moradores de rua que se abrigavam naquela casa, então, eu e Mal chamamos o nosso companheiro Jad para vir com a gente. Porque nos não iríamos sozinhos até la nem fudendo.

Jad decidiu levar seu Xbox 360, havia energia elétrica naquela casa, mas eu duvido que ainda estivesse funcionando, eu tentei convence-lo a não levar, mas segundo ele "precisamos dele". Ele levou 2 jogos com ele, XXXXXXX e XXXXXXX, o relógio indicava 5,00 horas, então nós arrumamos nossas coisas e decidimos pegar a estrada.

Nós chegamos aqui às 5:15min. Entramos pela porta dos fundos porque ninguém podia nos ver. É ilegal ficar nesta casa durante a noite.

Já dentro da casa quando apertei o interruptor de luz, para minha surpresa, ele funcionou. Jad disse: "Hah! eu avisei." Eu podia ver o sarcasmo gravado em seu rosto haha.

Então ele encontrou uma tomada e ligou seu Xbox na TV empoeirada e que surpreendentemente ainda funcionava. Não é preciso dizer que cada um de nós se cansou de matar nazistas jogando XXXXXXXXXX, então colocamos o xxxxxxxxxx, amava-mos aquela violência, matando as pessoas as estilo Osama (tiro no olho esquerdo, **** ), empurrando prostitutas escada abaixo e matando as pessoas enquanto dormiam, se esse assassino desse as caras ele iria ter um belo desafio, todos nos estávamos com nossas Magnums e comentamos que iríamos pegar uma das facas enferrujadas na cozinha e esfaqueá-lo pra ver se ele gostava. Ok, eu tenho de admitir que nos deixamos levar. É que apenas de lembrar desse tal “Grim” ficávamos putos.

De volta ao jogo, estávamos no México, quando Jad montou um acampamento, ele viajou para Tumbleweed, a cidade mal-assombrada, ele achou apropriado visto que nós estávamos neste lugar. O relógio se aproximava da meia-noite quando começamos a ficar ansiosos, ouvimos tábuas do piso rangendo, gritando e até mesmo rindo, Jad matou todos os bandidos e foi para a mansão Tumbleweed. Ele tentou abrir a porta da frente, mas como de costume, estava trancada, ele foi pelo caminho dos fundos quando de repente a TV apagou, as luzes ainda estavam acesas, mas a TV e o xbox desligados. Foi quando começamos a ouvir pegadas. vindas do sótão, descendo as escadas. Todos nós engatilhamos as nossas Magnums e aguardamos. Então, como esperávamos, o assassino apareceu, um olho cego, cabeça raspada, bandana vermelha em volta de seu rosto e vestindo peles de animais. Nós atiramos com tudo o que tínhamos, mas as balas voaram, como se houvesse um campo de força em torno dele.

Nós corremos como loucos para fora de casa, mas por alguma razão, nos escondemos no jardim. O assassino, carregando com um martelo cheio de sangue, veio andando para fora, como se ele soubesse onde estávamos,  então ele começou a correr em nossa direção, com dor e mancando. Por algum motivo não chegamos a puchar novamente nossas magnums, ou mesmo começamos a correr, eu estava paralisado. Eu e Jad apenas observamos Mal ser morto. O assassino, repetidamente, batendo nele, começamos a correr por nossas vidas mas então parei, olhei para trás e atirei na cabeça dele, ele não morreu, ele simplesmente caiu no chão, atordoado.

Finalmente chegamos as nossas casas e chamamos a polícia, mas há algo que eu tenho que te dizer. Eu, a pessoa a contar esta história sou Jared (Jad). A pessoa que chamei de "eu" é uma figura da minha imaginação. Desde este incidente, estou trancado em um hospício por 2 anos, em tratamento para o Transtorno da Personalidade. Malvern Hoff (Mal) no entanto, existiu. Eu ainda vejo a morte de meu melhor amigo, todas as noites nos meus sonhos. Eu vou estar marcado por toda minha vida, mas eu sei de uma coisa. Aquele desgraçado ainda está lá fora. Nós não o matamos, mas ele continua a matar pessoas inocentes, desde aquela noite de sexta-feira em 13 de Outubro de 2003. Uma vez que eu sair dessa porra de asilo, eu e meus companheiros novos iremos à procura de Grim, e com certeza o mataremos.

sábado, 12 de janeiro de 2013

As Formigas

Quando minha prima e eu descemos do táxi já era quase noite. Ficamos imóveis diante do velho sobrado de janelas ovaladas, iguais a dois olhos tristes, um deles vazado por uma pedrada. Descansei a mala no chão e apertei o braço da prima.

- É sinistro.

Ela me impeliu na direção da porta. Tínhamos outra escolha? Nenhuma pensão nas redondezas oferecia um preço melhor a duas pobres estudantes, com liberdade de usar o fogareiro no quarto, a dona nos avisara por telefone que podíamos fazer refeições ligeiras com a condição de não provocar incêndio. Subimos a escada velhíssima, cheirando a creolina.

- Pelo menos não vi sinal de barata – disse minha prima.

A dona era uma velha balofa, de peruca mais negra do que a asa da graúna. Vestia um desbotado pijama de seda japonesa e tinha as unhas aduncas recobertas por uma crosta de esmalte vermelho-escuro descascado nas pontas encardidas. Acendeu um charutinho.
- É você que estuda medicina? – perguntou soprando a fumaça na minha
direção.

- Estudo direito. Medicina é ela.

A mulher nos examinou com indiferença. Devia estar pensando em outra coisa quando soltou uma baforada tão densa que precisei desviar a cara. A saleta era escura, atulhada de móveis velhos, desparelhados. No sofá de palhinha furada no assento, duas almofadas que pareciam ter sido feitas com os restos de um antigo vestido, os bordados salpicados de vidrilho.

- Vou mostrar o quarto, fica no sótão – disse ela em meio a um acesso de tosse. Fez um sinal para que a seguíssemos.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Uma Tarde de Amor


Nem uma palavra dita foi dita até aquele dia.

Eu estava apenas fervendo a água com duas colheres de açúcar para o homem que eu amava, nós éramos amantes e amigos, desde a escola, ele era o homem mais lindo e maravilhoso que eu já havia conhecido, ele me falava coisas bonitas, eu o adorava.

Ele soltava um assobio agudo e suave, ele estava sentado num sofá desconfortável e marrom.
Ele estava cara a cara com seus sentimentos por mim.

Eu me concentrei olhando para a água que borbulhava e disse. “Eu te amo”.

"Quando?". Ele perguntou.

“Qualquer momento”.

"Onde?". Ele perguntou.

“Em qualquer lugar”.

"E aqui? Agora?". Ele me desafiou.

“Sim”.

Ele ergueu as sobrancelhas e olhou para o teto enquanto suspirava.

Água quente começava á evaporar, e coloquei os saquinhos de chá chinês, que tornaram a água escura, o cheiro era suave. Eu estava um pouco desconfortável com ele no sofá. Eu fui até ele e lhe dei uma xícara de chá.

Ele bebia o chá olhando para o teto, e perguntou se eu faria tudo por ele.

“Sim”. Eu disse engolindo a saliva, eu estava ansiosa.

Ele sorriu e disse que eu era sua melhor AMIGA. O tempo passou e estas palavras não saiam dos meus ouvidos. Eu era apenas sua AMIGA. Suas palavras soaram como se ele estivesse mastigando meu ouvido, meu cérebro, meus nervos, minhas veias, isso inundou o meu sangue e meu coração.

“Você é meu melhor amigo também, só um amigo”. Senti meu rosto esquentar, e segurei minha vontade de chorar. Agora eu sabia como o amor dói. E ele também saberia.

Minha voz ecoou mais forte do que deveria.

Ele havia bebido todo o chá, eu senti um prazer anormal quando ele tomou a ultima gota.

Seus olhos começaram á se fechar, seu rosto começou a suar...

Em cima da mesinha de centro havia um carretel de linha e uma agulha grossa, eu á olhei como se ela fosse uma velha amiga, e era.

Ele estava falando o quanto me adorava, ele falava sobre o sabor de meus lábios, enquanto passava a mão suada por minhas coxas, ele dizia o quanto gostava de nossa amizade, e de nossa liberdade, eu não podia imaginar de onde vinha tanta imaginação, eu estava encantada.

Mas ele falava demais, as palavras não paravam de sair, eu olhei em seus olhos e beijei a ponta de seu nariz enquanto sentava em seu colo. Quando eu vi a agulha já estava em minhas mãos, e eu a aproximava daqueles lábios doces, ele era tão bonito.

Eu comecei a costurar sua boca enquanto as suas palavras cheias de amor tentavam sair, ele me perguntou então. “Isso é real? Você me ama”.

“Sim eu amo”.

Eu costurei seus lábios doces e amargos e depois fizemos amor durante a tarde toda. Pelo menos eu fiz, eu me lembro.

Mas eu tenho quase certeza de que aquele chá era...Chá de Cogumelo.

domingo, 6 de janeiro de 2013

A Pata de Macaco

                         


Conto de Willian W. Jacobs


Lá fora, a noite estava fria e úmida, mas na pequena sala de visitas de Labumum Villa os postigos estavam abaixados e o fogo queimava na lareira. Pai e filho jogavam xadrez: o primeiro tinha idéias sobre o jogo que envolviam mudanças radicais, colocando o rei em perigo tão desnecessário que até provocava comentários da velha senhora de cabelos brancos, que tricotava serenamente perto do fogo...

– Ouça o vento — disse o Sr. White, que, tendo visto tarde demais um erro fatal, queria evitar que o filho o visse.

– Estou escutando — disse o último, estudando o tabuleiro ao esticar a mão.