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segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Homem Torto

Foi há muito tempo durante o verão, eu estava procurando um jogo para baixar. Eu posso ser um homem agora, mas eu odeio esses jogos estúpidos de criança. Eu queria algo assustador, então achei um jogo chamado The Crooked Man. Parecia muito assustador, então eu joguei.

Era um jogo bem assustador, e a historia não era nada mal, mas algo me aconteceu durante a jogatina. Eu estava quase finalizando o jogo quando simplesmente a tela ficou preta. Eu pensei que era apenas uma parte do jogo, porque é um jogo de terror, mas a tela ficou preta por cerca de 30 minutos, então tive que reiniciar o PC. Quando eu o fiz, a música havia mudado. Ela estava de trás pra frente tornando-se extremamente perturbadora, rapidamente baixei o volume e continuei jogando, mas havia mais coisas diferentes. O personagem principal estava com um aspecto mais tristonho e assustado... O que era estranho.

Em seguida, a tela ficou preta e mais uma vez uma imagem do Crooked Man apareceu. Eu pulei um pouco, por um instante até achei que eles estavam tentando me assustar todo o tempo, mas não era o caso, eu nem havia carregado meu save ainda, desliguei o computador, meio perturbado. No dia seguinte, eu decidi jogar novamente. Quando eu liguei, tive uma surpresa, a imagem do Crooked Man ainda estava lá, com aquela música distorcida, só que desta vez ele não me deixou jogar... A única coisa que eu podia fazer era encarar o rosto perturbador dele. Eu pensei que era só uma falha, mas eu já estava ficando com medo. Quando finalmente consegui jogar, meu personagem se mantinha preso num tipo de parede invisível, foi quando uma imagem do Crooked Man apareceu mais uma vez, mas desta vez uma voz arrepiante surgiu:

- Eu estou vindo para você... melhor correr...

Naquele momento, tirei da tomada o computador e apenas olhei para a tela desligada que refletia minha cara de espanto.

Fechei a porta do meu quarto e decidi dormir um pouco para esquecer aquilo, mas eu não conseguia. Naquela noite, tive um pesadelo terrível. O Crooked Man apareceu em meu quarto, ele ficava olhando pra mim, eu ouvia sussurros dizendo: Aqui estou... Aqui estou...

Na manhã seguinte, formatei meu computador, apaguei tudo, pra não ter que olhar para aquele sorriso sádico no rosto dele.

Quando terminei, suspirei de alívio, saber que eu não teria que me preocupar com isso nunca mais, me fez ter uma ótima noite de sono.

No dia seguinte, após a instalação, decidi verse o computador estava rodando de boa, foi quando mais me assustei... Em vez da tela inicial padrão do Windows, havia o Crooked Man... Olhando para mim...

Desliguei o computador e novamente a tela desligada refletia meu rosto espantado, mas não era só isso...

Lá estava ele, no canto do meu quarto, com aquele sorriso demoníaco, eu não tive tempo, a última coisa que pude ouvir foram as palavras ditas por ele:

DEVIA TER CORRIDO...........

domingo, 26 de agosto de 2018

Os Manequins da Loja de Departamentos


O conceito de “maldição” é algo já com uma longa história de uso na humanidade. Desde tempos antigos, falava-se a respeito de objetos ou lugares que carregavam maldições consigo, ou de pessoas e entidades capazes de amaldiçoar terceiros.

Independente de qualquer argumento, demos um grande passo relacionado a isso com a invenção da fotografia. Desde então, aparições e fotos amaldiçoadas tornaram-se algo relativamente comum. E com o advento da internet, o acesso é facilitado e sua proliferação é muito mais rápida.

O Japão em especial é um lugar repleto de histórias e tradições relacionadas a essa temática. O que irei lhes apresentar é exatamente uma dessas histórias. Os Manequins da Loja de Departamentos é uma foto macabra tirada no Japão, e diz-se que é amaldiçoada. Se quiser estar seguro, você pode ler o texto abaixo. No entanto, em hipótese alguma olhe para a imagem.

Em 1972, houve um terrível incêndio em uma loja de departamentos de Sennichi em Osaka, no Japão. O fogo começou pouco depois de as lojas terem fechado e terminou por se espalhar rapidamente. Havia uma grande casa de shows no piso superior, e diversos funcionários e clientes ficaram presos.

Alguns morreram por inalar a fumaça, outros não puderam suportar o calor e pularam das janelas. Tudo o que podia ser ouvido era o som de vidros quebrando e gritos horríveis, seguidos de um barulho nauseante de baques; o som das pessoas caindo para a própria morte.


Dizem ter sido uma visão muito triste e chocante. A rua abaixo estava coberta por poças de sangue. Ao todo, 118 pessoas morreram e 78 ficaram seriamente feridas. Foi o pior incêndio em um prédio que já ocorrera no Japão.

Desde o acontecido, é dito que a área está assombrada. Os fantasmas daqueles que morreram vagueiam pelas ruas depois que escurece e dentro dos banheiros do edifício, diversas pessoas já viram figuras estranhas, vultos, refletidas nos espelhos.

A foto que você verá é de alguns manequins de uma das lojas que foram queimadas no incêndio. E é exatamente essa a tal da imagem amaldiçoada. Pessoas que a observaram afirmam ter pesadelos recorrentes sobre os manequins. Os sonhos têm algo em comum: em todos eles, pode-se ouvir uma voz dizendo um determinado número. A cada vez, o número diminui mais e mais como se fosse uma espécie de contagem regressiva.

Também alegam ouvir estranhos sons de batidas nas portas e janelas quando eles estão acordados, e flagram relances de figuras espectrais pelo canto de seus olhos. Às vezes eles morrem em um acidente sob algumas circunstâncias suspeitas.

Se não quiser experimentar nenhum desses estranhos e perigosos “sintomas”, por favor, não olhe para a imagem.

Oh, espere... você já olhou.

domingo, 17 de maio de 2015

MINHA NAMORADA MORREU DIA 7 DE AGOSTO DE 2012

Eu acabei de receber outra mensagem, e é pior do que qualquer uma das outras. Ela estava no meio de uma colisão de três carros, dirigindo para casa do trabalho, quando alguém atravessou o sinal vermelho. Ela morreu em questão de minutos.

Estávamos namorando há cinco anos, na época. Ela não era muito fã da ideia de casamento (ela dizia que parecia arcaico, que passava uma sensação estranha), mas se ela fosse à favor, eu teria casado com ela já nos três meses de namoro. Ela era vibrante, o tipo de pessoa que escolheria Desafio toda vez. Ela era a mais animada nos acampamento, mas também era viciada em tecnologia. Ela sempre tinha cheiro de canela.

Dito isso, ela não era perfeita. Ela sempre falava, quando acontecia algo mórbido que “se eu empacotar antes, não diga apenas coisas boas sobre mim. Eu nunca fui assim. Se você não me criticar também, estará me fazendo um desserviço. Tenho tantos defeitos, e eles são só uma parte de mim." Então isso é sobre a Em: a música que ela dizia gostar, e a música que ela realmente gostava, era totalmente diferente. A ideia dela de carinho, era abraços rápidos. Ela tinha pés muito longos, como um chinpanzé.

Eu sei que isso é superficial, mas eu não acho certo falar dela sem que você tenha ideia de como ela era.

Não Cave Muito Fundo (Minecraft)

Não sei quem está lendo este texto mas suplico que me ajude. Rezo para que este arquivo seja materializado como parte do jogo e que alguém o encontre. Eu era um jogador de Minecraft como você, quando comecei a jogar estava na versão 0.8. Havia muitos bugs para consertar mas era um jogo extraordinário. Ficava horas e horas jogando e só saia quando minha mãe chamava para o jantar.
Como de costume liguei meu computador no sábado de manhã e carreguei meu mundo. Havia feito uma casa extraordinária com blocos de tijolos e uma pequena chaminé no telhado feita de pedra, o telhado era de madeira e no interior havia dois pisos com caixas e mesas de trabalho na parte de baixo e na parte de cima minha cama e algumas decorações de estantes de livros. Sempre me orgulhei das construções que fazia.

Precisava de metal e diamantes então entrei na caverna que havia escavado. Era muito fundo, havia chegado aos últimos blocos do mapa e estava escavando nesta altura. Tinha feito vários corredores um ao lado do outro com dois blocos separando cada um deles, assim não teria como perder de vista o metal. Havia tantas ramificações que não conseguia me achar muito bem lá dentro.
Tudo era muito escuro apenas algumas tochas iluminavam os corredores. Escolhi um dos corredores e comecei a cavar. Cavei durante alguns minutos e consegui algum ferro e depois de muito procurar finalmente achei um bloco de diamante. Não perdi tempo e fui rapidamente minerar. Estes blocos estavam logo abaixo dos meus pés e assim que quebrei um apareceu logo o próximo abaixo dele. Nunca cavo para baixo por causa da possível lava que pode surgir mas neste caso não havia nada ali alem dos blocos finais do mapa, são blocos negros inquebráveis, feitos para que nem um jogador o ultrapasse. Cavei mais uma vez para baixo e peguei diamante. Havia mais um bloco logo alem deste e cavei novamente, já tinha ao meu redor blocos escuros do final do mapa cavei mais uma vez e para minha surpresa havia mais diamantes. Com a ganância que qualquer jogador tem cavei mais uma vez e logo me dei conta que havia dois blocos negros para cada lado que olhasse, não havia como sair dali e ainda me sobrava mais um bloco de diamante logo abaixo dos meus pés. Não tinha escadas em meu inventário mas tinha blocos de areia. Pensei que poderia colocar areia sobre eu mesmo e assim morrer, assim viria novamente a este lugar depois e pegaria os itens com uma escada. Assim decidido cavei o ultimo bloco de diamante que havia abaixo dos meus pés. Cavei…

Para minha surpresa não havia mais blocos do final do mapa abaixo, não havia nada apenas um espaço escuro onde estava caindo. Fiquei com tanta raiva, pois havia perdido todos os meus itens neste bug.

Continuei caindo no vácuo esperando morrer. Comecei a olhar para os lados mas não via nada, continuava caindo e caindo quando olhei para baixo e vi algo estranho. Tinha um chão la em baixo e estava me aproximando cada vez mais. Pensei que seria um bug do jogo e que morreria assim que chegasse lá.
Demorou mais um tempo e não tinha chego ao chão ainda. Foi então que comecei a sentir um calafrio. Um vento frio batia em mim e não sabia de onde vinha, todas as janelas estavam fechadas. Comecei a passar mal, tontura e um embrulho no estomago me deixaram atordoado. Tentei me levantar da cadeira mas assim que coloquei o pé no chão e levantei ela rolou para o lado e senti a maior tontura que já havia sentido na minha vida. Olhei para a tela do monitor e vi que estava prestes a cair no que era provavelmente um bug do jogo. Desviei o olhar e fechei os olhos e esperei me espatifar no chão do meu quarto quando veio um frio na barriga e a sensação de queda livre.

Abri rapidamente o olho e estava tudo escuro, não enxergava nada e estava caindo, um vento terrivelmente forte não me deixava respirar meu coração batia muito forte e quando menos esperava houve o impacto.

Acabo de cair em um liquido preto e gosmento, tentei me levantar rapidamente e percebo que é raso, posso levantar, o liquido gelatinoso chega ate meus joelhos. Quando estou de pé sinto essa espécie de gel envolver meu corpo e ao mesmo tempo ficar rígido, fazendo com que ficasse cada vez mais apertado me impossibilitando de me mover.

Perdi a consciência, não lembro quanto tempo passei desacordado mas quando dei por mim estava de pé. Quando abro os olhos vejo o terreno feito de blocos, estava dentro do jogo! Era noite e não conseguia ver muito bem, via tudo com tons de roxo. Percebi que estava mais alto e quando vi meus braços percebo que são compridos e escuros. Não sabia o que fazer então comecei a andar pelo cenário, vejo esqueletos com arcos e os zumbis, eles não me fazem nada. Andei muito pelo terreno e quando começou a amanhecer senti uma sensação horrível, um enjoo e uma queimação na minha pele, desejei sair dali e assim como um passe de mágica desapareci e cai no mesmo pântano escuro novamente, não via nada lá, só aquela água escura e espessa. Não sei quanto tempo se passa entre aparecer no cenário e voltar ao pântano mas acredito que seja equivalente ao dia dentro do jogo. Repeti essa rotina muitas e muitas vezes, descobri cavernas mergulhei em lagos profundos, atravessei desertos e de vez em quando entrava em vilas mas como era de se esperar não consegui me comunicar com os NPCs.

Todas as vezes que reaparecia no cenário ele era diferente, até que um dia encontrei um jogador. Olhei para ele e ele me encarou, minha vontade era de correr para perto dele e tentar me comunicar mas não consegui desviar o olhar. Ficamos nos encarando petrificados por um tempo e então subitamente me teleporto para seu lado. Sei que devo ter machucado ele pois deu um salto e um ruído de golpe. Tento correr para perto mas ele se esquiva e entra em uma casa improvisada. Tinha uma janela, fico ali parado olhando para ele, tentando pensar em uma forma de falar ou me expressar mas não consigo. Posso pegar um bloco com as mãos mas nada disso faz chamar sua atenção. Fico sem saber o que fazer ate que o jogador vai para sua cama e dorme, fico observando ele a noite toda mas provavelmente só acorda na manha seguinte.

Repito isso todas as noites, algumas vezes mato um jogador, assusto outro mas é só uma forma de avisar para não cavar muito fundo…

quinta-feira, 30 de abril de 2015

O Quarto Escuro



Sempre tive uma aflição com armários. Ainda mais de espelhos. Era assim que se encontrava o meu quarto. Escuro, sem janelas e tinha um grande armário com um espelho. Que por sinal, apontava exatamente aos pés da cama. O que dava uma sensação horrível...

Mas ainda tinha meu abajur. Eu sempre deixava ele ligado, pra dormir mais tranquilo. Mas meus pais insistiam em desligá-lo enquanto eu dormia. Eu nunca perguntei o motivo, sempre fiquei quieto, mas achava estranho virem toda madrugada ou manhã ao meu quarto só para desligar um abajur.

Papai e mamãe desligaram o abajur novamente e eu acordei no meio da madrugada, com muito medo. Não consegui achar o abajur. Até que eu bato com o braço no próprio, o derrubando. Ele não quebrou e eu consegui o acender. Dei graças à Deus.

Eles vão viajar. Por algum motivo eles não querem me levar. É um casamento... Mas ainda não vi motivo exato para me deixarem aqui, sozinho. O bom nisso tudo é que posso deixar o abajur ligado a noite inteira.
Me despedi de meus pais, que só voltariam em 5 dias. Depois disso liguei a televisão e coloquei em um canal de desenhos. Fiquei em torno de 3 horas assistindo à desenhos. 

Me deu uma certa aflição de ficar sozinho na sala. E isso me deu um pouco de saudade.
Fui então para o meu quarto. Onde liguei o computador e comecei a navegar na internet. Até que achei alguns blogs levados ao gênero de terror/horror/suspense. Começo a ler algumas histórias e contos da internet. Acho que são ''creepypastas'' ou algo do tipo. 

Desligo o computador e vou tomar banho. Coloco meu pijama e vou direto pra cama.
Sem esquecer: Liguei meu abajur.

Naquela noite, eu tive um pesadelo.
Uma silhueta escura saindo do meu espelho vinha em minha direção, mas não me atacava, apenas desligava o abajur e ficava ali no canto escuro do quarto me observando. No terror que se passou em segundos dentro de um pesadelo, eu acordo. E só percebo uma coisa: Meu abajur está desligado.

Conto do Victor Silveira

Fonte: Medo B

quarta-feira, 29 de abril de 2015

O Monstro de Flatwoods

Em setembro de 1952 foi relatado por algumas pessoas que viviam em Flatwoods, uma pequena cidade no Condado de Braxton, no Oeste da Virgínia, que um OVNI havia caído em uma floresta próxima. Um guarda florestal de 17 anos, Eugene "Gene" Lemon, foi enviado para investigar esse estranho fenômeno em nome das autoridades. De acordo com testemunhas oculares, o chamado "OVNI" caiu em uma área florestal, obrigando Gene e seu cão a investigarem pela floresta. Eram oito horas da noite e estava muito escuro, então Gene trouxe uma lanterna consigo.

De repente, o cão de Gene correu à sua frente e começou a latir, para em seguida voltar para o seu dono com o rabo entre as pernas. Ele havia se assustado com alguma coisa. Logo eles chegaram ao topo de uma colina, onde observaram uma grande bola de fogo pulsante. Gene e seu cão também detectaram uma névoa ou odor no ar que fez seus olhos e narizes se queimarem. Usando sua lanterna, Gene conseguiu o vislumbre de uma esquisita criatura, que estava debaixo de uma das árvores de carvalho.

A criatura tinha aparência reptiliana, uma cabeça em forma de pá, braços grossos e garras parecidas com dedos e aparentemente teria três metros de altura. Ela fez um barulho estridente, como um assobio, e pulou em direção a eles, mas repentinamente mudou de direção e se dirigiu até a bola pulsante de chamas. Depois, Gene e seu cão fugiram em pânico do local. Depois deste encontro, a polícia investigou aquela parte da floresta, onde foram informados sobre a criatura e a bola de fogo, mas eles não encontraram nenhuma evidência do encontro e nem sequer sentiram o cheiro que Gene tinha comentado anteriormente. Gene logo ficou muito doente, sofrendo de vômitos e convulsões durante semanas. Eventualmente o cão de Gene também ficou doente, morrendo em seguida.

Sessenta anos se passaram, mas até hoje o caso do Monstro de Flatwoods ainda é um mistério.

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Traduzido de www.creepypasta.wikia.com

domingo, 19 de abril de 2015

Blackbirds

Jeremy e Anthony tinham o hábito de caçarem juntos. Como todos os bons amigos no Colorado, subiam as montanhas, localizavam os pássaros, e atiravam.

As montanhas ficavam cobertas por uma branca e gelada camada de neve, mesmo durante o verão.

Porém, naquele dia algo estava errado.

Os pássaros circulavam no céu, em um movimento estranhamente coordenado. Excitado, Anthony sugeriu que se aproximassem do local para atirar nos pássaros, pois os movimentos deles estavam fáceis de prever. No entanto, quando chegaram ao local, viram algo terrível.

Era uma criatura. O corpo dela parecia humanoide, mas suas pernas e braços possuíam ossos que rompiam a pele, tornando-se visíveis. A pele possuía cortes em forma de pássaros, como se fossem tatuagens. O único orifício em seu rosto, era uma boca rasgada, com uma língua esponjosa que pendia para fora. A garganta de Jeremy começou a inchar e suas mãos começaram a suar quando ele liberou um tremendo grito de desespero.

Anthony preparou o rifle e atirou diretamente na testa da coisa, enquanto ela se arrastava na direção deles. BAM! O monstro tinha caído. Eles ficaram em silêncio; um tenso e angustiante silêncio.

Bam! Um pedaço de madeira foi atirado diretamente na cabeça de Anthony. Enquanto observava ao sangue escorrer de sua cabeça, como se fosse a clara saindo de um ovo quebrado, um segundo pedaço de madeira acertou Jeremy nas costas. Enquanto Jeremy caía na inconsciência, ele ouviu um leve bater de pés. Então ele acordou de repente, sendo encarado por uma criança. Era uma criança de aspecto frio, sem cor, incrivelmente desnutrida, com uma bulbosa barriga d’água. Ela estava completamente nua, exceto por algumas partes do corpo cobertas por bandagens feitas de folhas. Seu longo cabelo alaranjado cobria os olhos. Ela grunhia e guinchava ruídos excitados enquanto inclinava-se sobre ele.

Assim que Jeremy estava completamente consciente, ela o atingiu com outro pedaço de madeira. Ele acordou em uma mesa, coberto com uma mistura de restos humanos e animais. Coberta pela mesma mistura orgânica, estava a garotinha. Ela ergueu um afiado pedaço de pedra e começou a cantar “Sing a song of sixpence” e continuou “a pocket full of rye,” enquanto cortava a boca de Jeremy, de lado à lado. Sua língua foi forçada a cair para fora como uma esponja úmida. A garotinha continuou a cantar “Four and twenty black birds” enquanto cortava formas de aves por todo o corpo de Jeremy.

Ela continuou “baked in a pie” enquanto retirava os pequenos pedaços de pele dos cortes e os atirava em um pote. E ela cantou “When the pie was opened, the birds began to sing.” Então os pássaros pretos voaram para o pote e começaram a comer a pele que fora jogada ali. “Wasn't that a dainty dish set before the king” ela cantou enquanto mastigava o resto dos pedaços de pele. “The king was in his counting house, counting out his money” ela cantou enquanto usava a pedra afiada para raspar as pernas de Jeremy. “The queen was in the parlor, eating bread and honey” enquanto raspava o peito de Jeremy. “The maid was in the garden, hanging out the clothes.” Enquanto raspava a cabeça de Jeremy. Finalmente, ela cantou “When down came a blackbird and pecked off her nose.” Enquanto arrancava o nariz de Jeremy, cortava suas orelhas e quebrava seus braços.

Ela o jogou de um pequeno morro, e ele imediatamente correu para a floresta.

Ele viu dois homens e correu para pedir-lhes ajuda.

Um dos homens gritou, enquanto o outro preparava o rifle e...

BAM!

A Caixa de Correio

Existe uma caixa de correio em algum lugar da cidade que pode resolver todos os seus problemas.

Em qual cidade? Bem, isso vai depender de quem você perguntar. Pode haver até mesmo mais de uma, quem sabe? De qualquer forma, esta caixa de correio não é mais esvaziada - o serviço de correio se esqueceu completamente dela. Mas ela ainda parece "funcionar". Ela está localizada em algum lugar relativamente improvável, um em que você não pensaria imediatamente sobre. Mandar algo para você mesmo não vai levar à lugar algum. Esta caixa é especial. Escreva uma carta sobre seus problemas para as pessoas que deveriam ser encarregadas de lidar com eles: o seu chefe, a Receita Federal, enfim, tire tudo o que está entalado no fundo do peito. Jogue toda a merda no ventilador livremente.

Você vai ver que os problemas irão se resolver em breve, de formas totalmente inesperadas.

A questão, claro, é que você não terá realmente certeza de que encontrou a caixa de correio certa. E se você não tiver, as coisas, com certeza, ficarão muito piores depois que você enviou a(s) carta(s)...

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Traduzido de www.creepypasta.wikia.com
Adaptado por: Lua Pálida

Câmeras de Pedra

A oeste da Nova Inglaterra e leste das florestas de Nova York, existem milhares de enigmáticas construções conhecidas como Câmaras de Pedra. Atraindo pouca atenção dos estudiosos, essas onipresentes estruturas parecem fazer parte da paisagem por pelo menos desde as primeiras presenças humanas na região. Apesar de apontadas pelos historiadores locais como armazéns feitos por antigos colonizadores, nunca houve qualquer evidência que aponte quem realmente as construiu, quando e por qual motivo.

Nenhuma tribo americana anunciou-se como proprietários das construções, e nenhum dado existe para comprovar qualquer especulação feita por pesquisadores que tentam comprovar suas origens. Sem artefatos, rabiscos, sem sinal de habitação, nada além de uma construção uniforme e a precisão denuncia a sua natureza artificial.

Uma pequena quantidade de lendas e curiosidades se espalharam sobre as construções em uma tentativa de preencher o vácuo de informações convincentes:


Em Maio de 1988, Frank Muelin e seu filho passaram um final de semana pescando e acampando em Fahnestock State, NY. Na segunda noite de acampamento, os dois decidiram montar a barraca próximo a uma das construções.

Quando o Sr. Muelin acordou na manhã seguinte, seu filho, Terrance, havia desaparecido. Ele passou horas o procurando sozinho antes de finalmente contatar as autoridades. Nenhum sinal do garoto foi encontrado na área.

A única evidência descoberta deixou a polícia local desconcertada. Dentro da câmara havia uma trilha de pegadas pertencentes ao filho do Sr. Muelin. Porém, parecia que o garoto havia entrado até a metade da câmara, pois as pegadas acabavam de repente.

O que perturbou os investigadores não foi apenas o fato das pegadas não retornarem para fora da câmara, mas as grandes marcas não identificadas que ligavam o fundo da câmara para as últimas pegadas de Terrance. Uma das marcas cobria completamente o último passo do garoto. As estranhas “pegadas” nunca foram identificadas e nenhuma explicação convincente foi dada para elas. Terrance Muelin continua desaparecido.


Muitas cidades tornaram como ato ilegal a destruição ou modificação dessas câmaras. Essas leis nunca pareceram simples medidas de preservação histórica. Muitas foram mencionadas em livros, geralmente explicando que tais leis garantiam a segurança da população contra os “perigos de fora”.


Muitas pessoas já reportaram vertigem e desorientação ao passar um longo período dentro das câmaras. Alguns dizem sentir “olhos os observando” quando se afastavam da entrada.


Uma lenda originária da região próxima ao Lago Champlain, conta sobre uma mulher que usou uma das construções dentro de sua propriedade como depósito de comidas enlatadas. Em uma manhã de verão, quando ela saiu para pegar uma lata de geleia, percebeu que não conseguia sair da câmara onde havia entrado. Alguma força invisível bloqueava o seu caminho. Ela entrou em pânico e desmaiou. Quando ela acordou, percebeu que já poderia sair. Lá fora, a neve cobria o solo e sua casa havia desaparecido. E as árvores pareciam mais longas que o normal.

Quando ela desceu por um caminho arborizado, onde deveria estar a sua rua, ela viu dúzias de câmaras de pedra alinhadas no caminho. De dentro delas vinham terríveis sons de rangidos. Assustada, ela correu de volta para a câmara onde havia acordado e ficou encolhida em um canto, até desmaiar de exaustão. Ela foi encontrada pelo marido após um longo tempo. Ela perguntou por quanto tempo esteve desaparecida. Ele explicou, aliviado e confuso, que ela esteve desaparecida por dois anos, e ele planejava destruir a câmara, pois ela o lembrava de seu desaparecimento.


Nenhuma cópia do único texto sério já escrito sobre as câmaras, “Uma Análise das Câmaras de Pedra da Nova Inglaterra”, existe hoje. Apenas menções em algumas matérias históricas e uma única página em um jornal de Massachusetts foi tudo o que sobrou. Escrito por um autor anônimo em 1919, o texto “Uma Análise das Câmaras de Pedra da Nova Inglaterra” descrevia propriedades matemáticas e físicas expressas na arquitetura das câmaras, relacionadas ao “Éter”.

O final do texto, indica que as câmaras servem como “condutores” para a “energia éter” e poderiam ser utilizadas para ver “o outro lado”. Aparentemente esta foi a razão pela imagem negativa que os meios acadêmicos atribuíram ao texto, já que na época as teorias de Einstein é que estava na populares.


A palavra “retorno” é sempre associada ás câmaras, embora a origem dessa associação seja desconhecida.
Apesar das estranhas histórias acerca das Câmaras de Pedra, aqueles que vivem próximos a elas por gerações, parecem ignora-las. Quando perguntados sobre as câmaras, os locais sempre desmentiram as histórias, tratando-as como superstições sem sentido.

Porém, será sempre difícil encontrar alguém disposto a passar uma noite dentro de uma dessas câmaras.


terça-feira, 14 de abril de 2015

TOC

Eu tenho transtorno obsessivo-compulsivo. Eu não sou um germefóbico ou um daqueles caras que fica verificando várias e várias vezes se uma porta está trancada ou não; é que eu realmente odeio números ímpares. É difícil de explicar - eu só não me sinto bem, como se algo me dissesse que devo corrigir isso. Se vejo um sapato no chão, tenho que encontrar o outro antes que a ansiedade se torne insuportável. Eu sempre compro alimentos em pares. Eu tenho dois carros, mesmo que só use um.

Fiquei tão feliz quando minhas filhas nasceram e eu descobri que eram gêmeas idênticas. Elas foram como uma luz na minha vida, e por algum tempo consegui manter o meu TOC sob controle. É incrível como o amor pelas crianças que você criou pode mudar a sua maneira de pensar nas coisas. Que bobo eu era quando pensava que algo tão arbitrário quanto números ímpares poderiam me governar.

Graças a Deus pelo milagre da vida.

...

Quando a minha filha Sally adoeceu, abatida por uma pneumonia, entrei em profunda depressão. Eu aos poucos fui obrigado a assistir enquanto a minha doce filhinha perdia seu vigor e energia. Me sentei na cadeira ao lado de sua cama enquanto a enfermeira vinha e colocava um lençol sobre o seu rosto.

Olhando para o lençol deixado sobre o rosto de minha filha, minha perna começou a tremer.

Um suor frio começou a descer em minha testa.

Eu odeio números ímpares.

E agora, o que eu faço com a outra?

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Traduzido de www.chillingtalesfordarknights.com

Eu vou apagar a minha conta no Youtube

Meu nome é Chloe. Eu sou uma estudante universitária de 22 anos, moro em Minneapolis e sou uma confessa viciada em internet. Eu mantenho um canal no Youtube que atualizo todos os meses com paródias de programas de TV e outros vídeos ocasionais em que me dirijo aos meus telespectadores diretamente. Ultimamente, no entanto, algo verdadeiramente bizarro aconteceu com o meu canal.

Tudo começou de manhã, depois que eu enviei um vídeo novo para o meu canal. Era nada mais do que um simples e sincero agradecimento aos meus seguidores por terem me ajudado a alcançar a marca de 100.000 inscritos, juntamente com uma série de montagens de mim mesma fazendo coisas bobas que meus fãs haviam sugerido nos comentários. Mas eu fui surpreendida quando fui checar quantas visualizações o vídeo tinha, descobrindo que ele tinha mais "deslikes" do que "likes". Eu sempre me dediquei aos meus vídeos e meus seguidores sempre foram ferozmente leais, então eu não conseguia entender como um vídeo feito especialmente para eles poderia ter sido recebido dessa maneira. Vendo os comentários, notei dezenas de frases como "Eu não entendi" e "Que droga é essa?". Quando eu finalmente decidi ir ver o vídeo, percebi que não era o que eu havia upado na noite passada.

O vídeo que eu havia enviado para o Youtube tinha cerca de cinco minutos de duração e tinha o título "OBRIGADO!". O vídeo que estava sendo reproduzido na minha tela tinha dezesseis minutos de duração e seu título era apenas um timestamp. Voltei para a página anterior e vi que o vídeo estava realmente no meu canal. Curiosa para ver o que havia nele, eu cliquei no botão de iniciar e comecei a assistir. Ele mostrava uma garota ocupada digitando em um computador: eu. Nada acontecia durante todo o vídeo, e ele terminava de forma abrupta e sem qualquer explicação. Acho que eu devo ter deixado a minha câmera ligada enquanto eu estava editando o "OBRIGADO!", e de alguma forma acabei enviando este estranho rascunho. Depois de postar um comentário pedindo desculpas pelo meu "erro", eu peguei meus livros e fui para a escola. Eu queria ter apagado aquele vídeo antes se tivesse tempo.

Quando cheguei em casa, passei as próximas horas terminando a minha lição e arrumando o meu quarto. Eu comi uma "ceia" rápida composta com algumas coisas aleatórias que peguei na geladeira, e em seguida, acessei o canal. Eu olhei com frustração para a tela quando descobri que um outro vídeo indesejado havia sido enviado. Este tinha um pouco mais de três horas de duração. Ele começava comigo deitada no chão, folheando um livro, enquanto fazia minhas atividades. Mais tarde, ele me mostrava andando em volta do meu quarto, reorganizando minha estante e arrumando as roupas que havia usado ontem. Perto do final, eu saía da sala, provavelmente para ir até a cozinha e comer.

Eu não fazia ideia do que estava acontecendo com meu computador. Eu não tinha sequer tocado nele desde de manhã. Eu tinha que fazer alguma coisa com a câmera, ou seria só uma questão de tempo até que um vídeo meu trocando de roupa ou me secando depois do banho fosse postado. Investiguei por entre as entranhas do meu laptop, tentando encontrar o código canceroso responsável por estas filmagens acidentais. Devo ter passado por todos os programas e arquivos umas três vezes, mas tudo parecia estar normal. Eu desisti lá pela meia-noite. Eu ia ter aula às 8:30, de manhã, e precisava dormir. Coloquei uma folha de papel na frente da câmera para que, mesmo se outro vídeo fosse enviado, ninguém iria ver nada que eu não quisesse. Exausta, eu apaguei as luzes e fui dormir.

Eu chequei meu canal antes de ir para a escola na manhã seguinte. Por algum motivo, as atividades nele estavam literalmente bombando. Toda vez que eu clicava no botão de atualizar, o mais recente - e não enviado por mim - vídeo do meu canal parecia receber uma centena de novas visualizações. Mas como um vídeo de seis horas, com uma miniatura totalmente preta, e contando com apenas um timestamp como título, poderia ter ficado tão popular? Comecei a assistir o vídeo, mas nada parecia estar acontecendo. Decidi dar uma olhada nos comentários para encontrar alguma explicação:

"Por que você postou isso?"

"O que fez com os vídeos? Isso é algum tipo de brincadeira?"

"Eu não consigo ver o que está acontecendo..."

(Resposta) "Você viu?"

(Resposta) "Viu o quê?"

(Resposta) "30:18. Olha bem de perto."

Eu saltei para a meia hora do vídeo e olhei fixamente para a tela. Parecia que algo estava se movendo. Era um movimento pouco visível e durou apenas alguns segundos, mas quando parou, eu reconheci os contornos na escuridão. Era o meu quarto, e o "movimento" era eu, me mexendo enquanto dormia. Como a câmera poderia ter captado aquilo? Quando a Chloe no vídeo se mexeu de novo, eu gelei.

O ângulo da câmera deste vídeo era diferente dos outros.

Minha cama não podia ser captada pela câmera.

Aquele vídeo havia sido gravado pela janela do meu quarto.


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Traduzido de www.creepypasta.com

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Amostra Netflix IX

Se isso funcionar, minha mensagem será passada. Eu sei que as chances são mínimas, e sei também que você nem deve ligar ou queira saber, mas peço que leia a minha história e aprenda com o meu erro. É a única coisa que posso fazer.

Meu nome é Levi. Sou uma pessoa comum, passo a maior parte do meu tempo assistindo TV, Youtube e Netflix. É meio irônico dizer isso, mas se não fosse pelo fato de que eu assisti e li tantas creepypastas, eu provavelmente estaria morto. Isso soa meio estúpido, eu sei, mas não deixa de ser verdade. Há algumas noites, eu estava assistindo séries no Netflix com a minha namorada Megan, nós tínhamos acabado de ver um filme do Weird Al “UHF” e estávamos decidindo qual seria o próximo filme da noite. Eu mencionei “O sexto sentido” e Megan disse nunca ter assistido o filme ou se quer sabia que o filme tinha um final inesperado. Achei o fato dela não saber o final do filme uma coisa muito rara, porque afinal, quem não sabe o final de “O sexto sentido”? Então decidi procurar no Netflix se tinha o filme, digitei “sexto”, pensando que o filme iria aparecer.

Ele não apareceu.

Mas nos resultados da procura, um ícone me deixou intrigado. Era apenas o logo do Netflix. Sem título nem nada. Olhei espantado para Megan e ela apenas levantou os ombros, indiferente. Era algo muito estranho, porém parecia inofensivo, afinal, não tinhamos escolhido o que assistir ainda, então decidi selecionar o vídeo e ver a descrição. O título completo do “filme” era “Amostra Netflix VI”, o elenco era descrito apenas como “Ator” e “Atriz”, a descrição contia apenas termos técnicos referentes aos equipamentos usados. Sabia que tinha algo estranho com esse filme, algo como o que vejo em creepypastas, porém falei para mim mesmo ao dar play que creepypastas não são reais.

O vídeo começou com uma fonte com água jorrando da ponta. Nós sempre usamos legendas porque Megan gosta delas, porém tudo o que dizia era “Não existe choro no baseball!”. Isso já era muito bizarro para mim, por causa do contexto que estava sendo apresentado, eu não iria ficar assustado por conta de fontes de água e legendas mal feitas, porém quando se trata de um filme com uma descrição vaga e um nome genérico, isso me deixou com o pé atrás em continuar vendo o filme, mas continuei. Após um tempo, uma mão entrou na fonte e começou a brincar com água. Essas imagens bizarras continuaram, mostrando coisas como um homem dançando moonwalk com um laptop em mãos, fazendo malabarismo e até recitando um monólogo antes de fazer sons de estalo para a câmera. Enquanto estavamos assistindo esse filme, uma ideia me veio a cabeça: se eu achei esse filme digitando “sexto” no Netflix, o que eu acharia se eu digitasse apenas “netflix” na aba de buscas. Minha curiosidade ganhou, após procurar por “netflix” um monte de “amostra de filmes” apareceram. Não sei o que aconteceu, mas algo me fez assistir todos.

Por queeee? - Megan disse, se movendo inquietamente no sofá, pois assistir aqueles filmes não era a coisa mais legal do mundo.
Eu não sei, curiosidade. - Eu disse para ela enquanto colocava vídeo após vídeo, parando no meio de cada um antes de ir pro próximo.

Todos eles pareciam iguais, até que chegamos no filme IX.

Assim, não tinha nada de anormal com o IX, ele começou exatamente igual aos outros, mas algo me parecia diferente nesse filme. Era como o sentimento que você sente quando está em um sonho e sabe que o perigo não é real, mas acaba sentindo medo por pouco tempo antes de acordar. Aconteceu logo após o monólogo, quando o ator começou a fazer o som de estalo para a câmera. O som parecia ecoar na minha sala e progressivamente na minha casa inteira, parecia me sufocar e Megan parecia estar pálida. Do nada o som parou. A tela ficou branca e não havia mais som de estalo, fonte, apenas... silêncio. Após alguns segundos, o silêncio foi quebrado quando um círculo branco apareceu na tela com um som muito agudo, e por mais que eu me envergonhe de dizer isso, eu gritei. Senti calafrios e me senti um idiota por gritar porque vi um círculo branco na TV, talvez devêssemos ter visto “O chamado” em vez desses 'filmes' bizarros. O círculo começou a piscar, toda vez que piscava o som voltava a aparecer. Depois disso apareceu uma tela estranha, daquelas que aparece quando há algum problema com a transmissão. Quando finalmente o filme acabou, olhamos um para o outro e rimos alto.

“Nossa, isso foi assustador pra caralho.” - Megan riu enquanto deitava soltando um suspiro.
“Sim, estranho pra caralho.” - Eu disse enquanto me arrumava no sofá.

Não sei o que me deu na cabeça, mas eu olhei para a tela novamente e salvei o filme para a minha lista de filmes. Este foi o meu pior erro, eu acho. Olhei para a janela e percebi que estava completamente escuro lá fora. Eu me lembro que achei isso muito confuso, pois o vídeo tinha a duração de apenas alguns minutos e eu tinha certeza que ainda era umas três horas da tarde quando começamos a assistir, mas acabei deixando isso pra lá, vai ver que eu olhei as horas errado ou meu relógio tinha parado de funcionar na hora que eu vi.

No próximo dia fui almoçar no KFC, eu sei, super saudável. Quando comecei a comer, senti meu estômago revirar, bem, tá na hora de eu ir fazer uma visita ao banheiro masculino. Quando sentei no 'trono', tirei meu celular do bolso para ver meus e-mails, porém lá estava o vídeo do Netflix carregado e pronto para assistir. Eu pensei, deve ter aberto enquanto estava no meu bolso, sei lá. Daí pensei, bom, já que não tenho nada para fazer, vou assistir de novo esse vídeo bizarro. Mesma legenda estranha. Mesmo som bizarro. Mesmo círculo piscando. Eu podia ter parado o vídeo, mas não parei. Eu fiquei sentindo como se, se eu parasse de assistir eu iria perder alguma coisa no vídeo, que havia algo FALTANDO no vídeo que eu não sabia o que. Foi aí que escutei um barulho vindo da porta, um barulho de alguém batendo na porta que me fez sair do transe. Era a mulher da limpeza.

“Senhor, estamos fechados agora, por favor se retire.” - A mulher da limpeza disse.
Fechados? Como assim fechados? Como isso é possível?. Estamos no horário de almoço, como pode ser de noite já? Mesmo não sabendo como, eu tinha perdido 7 horas do meu dia. Eu saí de lá confuso e sem entender o que havia acontecido. Liguei para Megan.

“Megan, é o Levi.” - Eu disse enquanto andava para o ponto de ônibus.
“Levi? Porque você está ligando tão cedo?” - A voz dela parecia que ela havia acabado de acordar, como se ela tivesse distraída ou algo assim.
“Cedo?” - Eu perguntei. Eram sete horas da noite, não tinha como ser de manhã.
“Sim... São tipo, dez horas da manhã. Você saiu de casa uns dez minutos atrás.”
Senti um sentimento de desespero dentro de mim.

“Meg, o que você está fazendo?” - Perguntei, hesitante, já sabia a resposta.
“Hmm? Só assistindo aquele vídeo bizarro de ontem. Estava carregado no xbox quando eu liguei ele.”
“Meg, pega seu telefone e veja as horas.”
“Ahm? Porque eu iria f...” - A voz dela se distanciou enquanto falava, aí ouvi seu grito de espanto.
“Mas que merda é essa?” - Ela disse, surpresa.
“Fica aí, to correndo para sua casa.” - Disse para ela enquanto corria para casa em vez de pegar o ônibus. Não gostava nem um pouco dessa situação.

Quando cheguei em casa Megan abriu a porta e perguntou o que estava acontecendo. Eu corri para o xbox. Isso tudo era muito estúpido e impossível. Como um vídeo poderia me fazer perder sete horas do meu dia? Porque a Megan achou que eram dez horas da manhã? Só havia um jeito de saber a verdade, liguei o Netflix, selecionei o vídeo e coloquei para o vídeo carregar. Megan sentou do meu lado e falou:

“Levi?”
“Que horas são?” - Eu perguntei após descobrir que meu celular tava sem bateria.
“Hmm..” - Ela foi checar o telefone dela, mas também estava sem bateria.

Então olhei no xbox. Eram 8:45 da noite. No tempo em que o vídeo terminar, vão ser 9 horas. Precisavam ser. Devia ter alguma coisa no vídeo que explicasse o que estava acontecendo com a gente. Era a mesma coisa, fonte, som, eco, homem, círculo branco, círculo branco, círculo branco, som agudo, círculo branco. Desculpe, eu ainda me sinto estranho pensar sobre isso, como se eu fosse perder o tempo pelo simples ato de pensar no vídeo. Então ouvimos um barulho na porta. Um barulho, às 9 horas da noite? Quem poderia ser? Nos fez sair do transe e a Megan foi abrir a porta.
“Entrega para a senhora... Megan?” - O homem com uniforme de carteiro segurava um caixa branca e uma prancheta disse.
“Essa sou eu. Por favor, que horas são?” - Disse Megan.
“São mais ou menos 10:30, ele sorriu, pegando a prancheta de volta. Eu me lembro pensar naquela hora, 10:30? Será que ficamos vendo o vídeo por mais de uma hora?
“É um pouco tarde para fazer entregas, não acha?” - Ela disse para o carteiro, franzindo a testa.
“Bom, eu tento entregar todas as encomendas antes do almoço. Tenha um bom dia madame.” - O carteiro disse antes de sorrir e descer as escadas.

Horário de almoço? Será que ficamos assistindo aquele maldito vídeo a noite toda? Ah, se fosse apenas isso. Quando Megan sentou no sofá de novo ela parecia pálida como um fantasma.

“O que houve, amor?” - Perguntei para ela enquanto colocava minha mão por cima da sua.
“Essa encomenda... era para chegar quarta-feira..” - Ela falou, quase sussurrando para mim. Precisei de um momento para cair a ficha. Era sábado, ou pelo menos domingo. Mas pensei, os correios não funcionam de domingo.

Agindo sobre impulso, corri para o outro lado da sala e coloquei o celular de Megan para carregar. Assim que havia bateria suficiente para ligar, eu liguei e vi a data. Era quarta-feira. Perdemos quatro dias assistindo aquele vídeo e nem notamos. De repente senti o cansaço bater, o estômago vazio, os olhos quase fechando. Me senti horrível, nunca havia me sentido tão esgotado fisicamente quanto me senti e Megan também. Nos quatro dias que perdemos assistindo aquele vídeo, Megan foi demitida do seu emprego porque faltou sem dar nenhuma satisfação. E eu, bem, eu não tinha nada a perder, a única coisa que tinha era Megan. Ela é a única pessoa que tenho. Sabendo o que sei agora, dei a ela uma chave da minha casa, porque ela podia ser a única pessoa que pode me ajudar. Meu celular está com 30% de bateria, mas deve ser o bastante.

Vou assistir o vídeo de novo. Apenas mais uma vez. Coloquei o alarme para despertar daqui 7 horas, então deve ser o bastante. Se eu me perder mais alguma vez, nunca mais irei assistir esse vídeo, não importa o quão tentador seja. É como heroína, crack ou cocaína, quando você começa a assistir, você se sente impossibilitado de parar, mas eu tenho certeza que existe algum jeito de parar, não sou um idiota. Mas em caso de alguma coisa não dar certo, estou escrevendo essa carta para vocês. O vídeo está carregando, então eu espero que eu consiga apertar o botão de “enviar” antes dele começar. Se alguma coisa errada ocorrer, quero que o mundo saiba que eu amei a Megan e que eles não devem procurar pela amostra do Netflix IX. A data de hoje é 12/06/2013. O vídeo acabou de carreg...

Merda! Fiquei preso no vídeo, o alarme não tocou. Meu celular deve ter desligado por causa da bateria. Não consigo falar com a Megan. Me sinto muito fraco, é muito difícil digitar. Preciso de descanso.

Pra quem não acredita, tem aqui o link na Netflix(aqui), mas se você não tiver conta lá, também tem no Youtube desde 20011.




Fonte: Medo B

domingo, 2 de novembro de 2014

A Casa Sem Fim 2

Surgiu a parte 2 da casa sem fim, uma das melhores creepys que eu já li, e que me inspirou a fazer esse blog! Pra quem n leu, aq está A Casa Sem Fim
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Já se fazia três semanas que eu não ouvia noticias de David. Nos seis meses que namoramos, ficamos no máximo três dias sem nos falar. Não havia nada fora do comum na ultima vez que o vi, ele tinha mencionado que estava indo verificar uma coisa que um amigo lhe contou. Naquela noite eu ainda recebi um SMS um pouco estranho de David, mas não era de seu número. Era uma mensagem de apenas seis palavras. 

“Casa sem fim, não venha! David.”

Tinha alguma coisa errada. Depois que li esse texto me senti enjoada, como se eu tivesse visto algo que não devia. Eu decidi logar na conta de Messenger dele para ler suas ultimas conversas. As mais recentes era com Peter, um dos seus melhores amigos, um viciado e burro, mas pelo menos ele podia ter algumas informações sobre onde David poderia estar. Assim que entrei, imediatamente recebi mensagens.

- David? Puta merda cara, você me deixou preocupado. Pensei que tivesse ido para aquela casa.

- O que você quer dizer?

- A casa sem fim, cara, eu podia jurar que você tinha ido para lá.

Casa sem fim, esse cara sabia o que estava acontecendo.

- Pois é... Eu não consegui encontra-la. Talvez eu tente ir lá amanhã. Me passa o endereço de novo?

- De jeito nenhum! Você já me preocupou demais, eu estive naquele lugar, acredite em mim, você não vai querer ir naquele lugar.

- Peter, aqui é a Maggie.

- Espere... O que? Onde está o David?

- Eu não sei, pensei que você poderia saber, mas aparentemente não.

- Puta merda! Merda, merda, merda!

- O que foi? Sério Peter, você precisa me dizer o que está acontecendo.

- Eu acho que ele entrou naquela casa. Não é longe, talvez quatro milhas abaixo, em Terrence. Seguindo a estrada marcada e virar a direita. Puta merda! Ele se foi!

- Não, eu não acho que ele se foi.

- O que você está pensando em fazer?

- Eu vou trazê-lo de volta.

Eu parti para a procura dele na mesma noite em torno das oito. Não havia um único carro em toda viagem, e quando virei para uma rua sem nome, vi uma placa com uma seta.

“Casa sem fim// Aberto 24 horas”

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

O Melhor Psicólogo Escolar do Mundo

Quando eu tinha doze anos, cheguei à conclusão de que todos no mundo, incluindo a minha própria família, me odiava. Eu nunca fui uma criança problemática, mas meus pais sempre estavam me tratado como tal.

Por exemplo, eu precisava estar em casa antes das 17 horas todos os dias. Isso claramente restringida minha quantidade de "tempo para brincar" ao ar livre. Eu não tinha permissão para trazer amigos para brincar em casa, nem permitido a ir à casa de qualquer outro. Eu tinha que fazer a lição de casa logo depois que eu chegava da escola, não importa quanto tempo levasse. Meus pais se recusaram a me comprar qualquer vídeo game e obrigavam a ler livros e, em seguida, escrever um relatório do livro para provar que eu realmente tinha lido.

Agora, mesmo que essas regras listadas acima foram bastante frustrantes para mim quando criança, não foi a coisa que mais me chateou. O que realmente me machuca é a falta de compaixão em nome dos meus pais. Minha mãe era uma mulher amarga que sempre me fez sentir culpado de acidentes ou erros que cometi. Meu pai só demonstrava uma emoção: frustração. A única vez que ele falou comigo foi quando ele gritou comigo para receber os resultados dos testes escolares ou me bater por mau comportamento.

Mas já disse o suficiente sobre eles, vamos falar sobre o psicólogo da minha escola. Para sua própria privacidade, vamos chamá-lo de Dr.Tanner. Como a maioria das escolas secundárias dos Estados unidos, um psicólogo está sempre disponível no campus durante o horário escolar para ajudar todos os estudantes que necessitam de aconselhamento emocional, acadêmico, social, comportamental e etc.

Para ser honesto, eu nunca vi nenhum dos estudantes a falando com o Dr. Tanner. Todos os dias, eu passava por seu escritório no meu caminho ao refeitório a espreitar através de pequena janela de sua porta. Ele sempre estava sozinho ali, trabalhando em algum documento.

Mr Mix


Alguém se lembra um jogo de PC antigo da década de 1990 chamado "Mr. Mix?" É um jogo de digitação onde você tem que digitar as palavras em uma caixa para fazer com que o "chef" coloque os ingredientes em uma tigela.

Ao contrário da maioria dos jogos de digitação, este jogo é notório por ter uma dificuldade estranha. Chegando ao nível cinco, o jogo fica impossível de vencer.

Uma das principais coisas que as pessoas notaram sobre este jogo foi a música de fundo. A música no primeiro nível foi um barullho macabro de rosnados que aumentam progressivamente ao decorrer do nível, muitas vezes causando danos a alto-falantes dos computadores que não foram projetados para lidar com volumes extremamente altos de som.

O segundo nível não tinha música e o terceiro tinha o que parecia ser uma gravação extremamente de baixa qualidade de um secador de cabelo tocando no fundo. Os restantes dois níveis tinha um toque extremamente alto, agudo, durante todo o nível que causou danos graves a orelhas daqueles que conseguiram chegar tão longe.

Outro aspecto bastante preocupante do jogo foi o desenho do Mr. Mix. Ele era um grande homem de rosto redondo, com excesso de peso com grandes olhos redondos e manchas vermelhas em seu rosto.

A maioria das crianças que jogaram o jogo relataram ter pesadelos vívidos com Mr. Mix falando-lhes em voz calma e rouca ameaçando-os a ficar em silêncio por alguma coisa. No entanto, nenhuma deles conseguia se lembrar exatamente o que era.

Um psicólogo que viu muitas destas crianças relatou ter sido perturbado pela enorme quantidade de terror no rosto das crianças, quando contaram os detalhes do pesadelo.
Muitas das crianças desabaram em lágrimas durante o processo, pedindo para seus pais "salvar" eles. No entanto, nenhuma relação direta com o jogo em si poderia ser determinada por esses poucos casos, como nem todas as crianças sofreram os mesmos efeitos adversos.

Por razões óbvias, este jogo não vendeu muito bem. Ele permaneceu em relativa obscuridade até poucos anos atrás, quando hackers pegaram a ROM do jogo de PC e começaram a "cavar" ela.

Usando o software de memória hacking, eles conseguiram decifrar o código do jogo e ignorar o quinto nível impossível. O que eles descobriram, no entanto, foi extremamente perturbador e levou muitos deles a sair da expedição por completo.

Segundo os relatos desses hackers deixados para trás, o jogo se comporta muito estranhamente se o quinto nível é ignorado. O jogo trava e fecha violentamente, escrevendo um monte de arquivos para o diretório System32 do usuário a ponto que a RAM fique quase completamente cheia.

Esses arquivos são supostamente imagens de pessoas com rostos horrivelmente deformados, aparecem a gritar de dor e agonia com os olhos parecendo estar sangrando de seus dutos lacrimais e sua camada externa da pele rasgada em vários lugares.

Se o usuário tenta excluir esses arquivos, o computador irá falhar violentamente e tela azul aparecerá, causando danos irreparáveis permanentes para o disco rígido do usuário.

Os hackers descobriram que isso foi causado por um byte solitário na ROM do jogo que desencadeou quando o quinto nível foi concluído. Após a remoção este byte, foram capazes de ir para o sexto nível e último.
Infelizmente, todos os hackers originais se recusar a discutir o que viram no último nível. Todos eles se tornaram extremamente paranóicos, recusando-se a falar sobre qualquer coisa relacionada ao jogo e mostrando sintomas incrivelmente extremos de stress pós traumático.

A maioria deles deixou de ser capaz de formar frases coerentes dentro de uma semana e, dentro de um mês, todos eles desapareceram. Todas as cópias restantes do jogo foram destruídos.
Até hoje, ninguém sabe o que foi nesse jogo que lhes causou tanto dano psicológico. Talvez seja melhor assim.

Dois anos depois deste incidente, um homem foi preso depois de tentar seqüestrar uma menina de oito anos em um supermercado. Através do DNA e análise de impressões digitais, o homem foi identificado como um dos hackers originais que viram o nível final do jogo.
Ele estava usando um chapéu de "chef" branco e tinha um olhar de malícia indizível e insano em seu rosto. Quando interrogado, o homem só disse uma coisa:

"Eu sou o Mr. Mix. Shhh".

O video abaixo mostra os áudios de cada level do jogo.

domingo, 26 de outubro de 2014

Annora Petrova

Para: Breeiceq@--------- .com

Assunto: POR FAVOR BREE LEIA ISSO, NÃO APAGUE!

Eu sei que você me odeia, mas nós já fomos melhores amigas uma vez e preciso que você leia isso. Acho que estou com sérios problemas e não há nada que você possa fazer, mas eu preciso que você leia isso para você entender. Eu sei que nós não conversamos desde as eliminatórias. Isso vai durar para sempre, mas o que aconteceu não foi culpa minha. Pelo menos não inteiramente minha. Eu sei que todo mundo acha que foi, mas eu nunca faria nada para te machucar. Sei que tudo isso vai parecer loucura, mas eu preciso te dizer isso para que pelo menos alguém saiba o que realmente aconteceu.

Tudo começou quando estávamos na 8ª série, na noite antes da competição Cristal Classic. Eu estava em casa e não conseguia dormir porque estava muito nervosa quanto aos concorrentes. Bem, eu havia ganhado um computador novo e tentava navegar na internet, mas depois de conectar, eu não conseguia me concentrar em nada, eu só fiquei sentada lá, então eu resolvi fazer umas pesquisa aleatórias. Eu nunca deveria ter feito isso Bree. No começo eu encontrei apenas todas aquelas coisas habituais que você encontra quando googleia a si mesmo; mas então eu encontrei um link para uma página da Wikipedia sobre mim. Eu primeiramente pensei que foi o meu pai que fez isso. Não havia muita coisa lá, apenas alguns fatos básicos sobre patinação, a cidade em que eu morava, mas a única coisa que realmente me pegou foi que lá dizia que eu havia ganhado o Cristal Classic daquele ano.

Eu ri. Tinha certeza de que alguém só havia feito aquilo para me encorajar. Até confrontei o meu pai sobre isso, mas ele negou. Quando eu ganhei o concurso no dia seguinte, eu fiquei tão feliz. Aquela foi a primeira competição que eu havia ganhado e me sentia tão bem. Lembro como eu passei a me esforçar mais depois disso. Foi quando meus pais contrataram Sergei para me treinar. Você deve imaginar o quanto isso deve ter custado. Depois disso eu passei a sempre verificar a minha página antes de cada competição e ela sempre dizia em qual posição eu ficaria. Ela disse que eu iria ganhar os regionais, e tudo se cumpriu. Depois disso Sergei convenceu a minha mãe e o meu pai que eu tinha realmente uma chance nos Jogos Olímpicos. Foi quando eles me tiraram da escola.

Eu patinava todos os dias mas não estava progredindo da maneira que Sergei disse que precisava se eu quisesse ganhar o campeonato. Eu me esforcei tanto e estava tão patinando bem mas ainda assim Sergei disse que eu não era boa o suficiente. E então as eliminatórias chegaram. Eu só conseguia pensar em ganhar e então fiz algo que não deveria ter feito. Todo mundo estava dizendo que você era a favorita e eu me sentia como se já tivesse perdido a competição, então fiz uma conta na Wikipedia e tentei editar a página colocando que eu venci. O estranho é que quando eu tentava atualizar a página, tudo o que dizia era: "Annora Petrova é uma vadia egoísta que vai ter o que merece".

Eu fiquei devastada. Foi por isso que eu parecia tão triste no dia seguinte. Eu estava em uma espécie de transe naquele dia. Eu me lembro de ter visto a sua apresentação e ver sua lâmina se desprender, e a última coisa que eu lembro é de estar no chão e meu rosto estar coberto de sangue. Então eles disseram que era minha culpa, porque eu estava com os seus patins mais cedo. Bree, eu sinceramente não fiz nada com os seus patins; eu, eu queria ganhar, mas eu não faria nada para te machucar. Quando eles me disseram que eu estava banida da competição e de outras futuras, todo mundo disse que eu tive o que merecia. Ninguém sequer quis ouvir o meu lado da história.

Eu acho que você ouviu dizer que Sergei me abandonou depois disso. Ele disse que eu estraguei tudo. Ninguém mais falava comigo. Você sabe o que é ser ignorada por todos? E, em seguida, a página ficou pior. Sempre que eu verificava, ela sempre dizia coisas horríveis sobre mim. Eu não posso nem mesmo citar a metade delas, a linguagem era tão chula e vil. Eu chorava toda vez que eu a lia, mas eu não conseguia parar de ler. Eu sabia que tinha que fazer alguma coisa, então fiz uma denúncia para a Wikipedia, mas eles afirmaram não saber de nada sobre página alguma. Eu estava sozinha em casa naquela sexta-feira à noite e eu decidi dar uma olhada para ver se já havia sido deletava. Ela ainda estava lá, só que desta vez ela dizia: "Annora Petrova é uma orfãzinha patética." Eu entrei em pânico. Eu tentei ligar para os meus pais, mas cada vez que eu chamava, tudo o que eu ouvia era uma risada cruel do outro lado. Devo ter ligado uma centena de vezes, até que por fim, a risada se foi.

Após o acidente, pedi para a polícia checar os telefones, mas não havia qualquer registro das minhas chamadas naquela noite. Eu estava devastada. Naquela época eu fiquei ocupada com treinos e tarefas para casa e nunca percebi o quão sozinho eu estava. Eu sei que você tentou se reaproximar, mas eu estava tão deprimida e com raiva que estraguei qualquer chance de voltarmos a sermos amigas novamente. Depois que fiz 18 anos e recebi uma certa quantia em dinheiro da pensão, eu vim para a Suíça. Eu resolvi seguir em frente. Minha patinação começou a decolar. E não tinha passado um ano e tudo aquilo que aconteceu parecia estar no passado. É por isso que eu não deveria ter feito isso, Bree. Estou escrevendo agora de um antigo hotel de Praga. Estou fazendo testes para o Ice Circus amanhã. Eu sei que esse é o tipo de coisa do qual normalmente tiraríamos sarro, mas eu realmente quero isso. Eu estava me sentindo tão nervosa que recorri à um velho hábito: acessei a minha página na Wikipedia. É difícil dizer isso, mas quando eu chequei a página para ver se tudo daria certo amanhã, tudo o que dizia era: "Annora Petrova morreu sozinha e sem amigos" e tinha a data de hoje listada como a data da minha morte. Eu estou chorando tanto que eu mal consigo terminar de escrever isso. Eu só queria que você soubesse a verdade. Por favor, acredite em mim Bree. Anexei um print da página para que você acredite em mim, está tudo lá, assim como eu te disse. Eu não sei o que fazer. Eu não conheço ninguém aqui e ninguém fala Inglês. Ainda estou atualizando a página.

Meus Deus, eu continuo atualizando, mas nada mudou, e eu estou esperando até chegar a meia-noite. Eu não sei o que fazer e então me tranquei no meu quarto. Falta apenas alguns minutos para a meia-noite. Tudo que posso fazer é continuar atualizando a página. Estou exausta, mas não consigo e nem devo parar. Eu tenho medo de deixar o computador antes de descobrir o que vai acontecer.




sábado, 9 de agosto de 2014

Réquiem

Algo me ocorreu hoje:

Se houver realmente algo que poderia ser chamado de "alma", e esta for realmente imortal, então isso significaria que você pode viver... para sempre. Possibilidades ilimitadas viriam a partir deste ponto, e isso realmente me faz pensar: eu fiz a coisa certa na minha vida? Todas as coisas que eu fiz realmente valeram a pena, as coisas para qual as pessoas tanto me odeiam? Lembro-me que já fui bom para o meu povo e para a minha família. Embora, assim que eu encaro a minha morte, eu tenho a ansiedade iminente de que vou queimar no inferno. Sei que não deveria ser tão duro comigo mesmo. Digo a mim mesmo que tudo vai valer a pena no final, que a minha causa não foi em vão. Eu fico olhando para o seu corpo morto agora, Eva. Sentada no chão, imóvel. Seus olhos não vêem nada.

Sua pele está lentamente se transformando em um branco morto, e toda sua normalidade sutilmente se diminuindo. Posso dizer que a pílula está fazendo bem o seu trabalho. Eu fechei os seus olhos para você, para que possa dormir em paz. Eu te amo tanto, Eva. Eu vou te ver em breve.

- Nota de suicídio de Adolf Hitler, datada de 1945. Encontrada e registrada por um médico americano, e em seguida, queimada.

Fonte: Lua Pálida

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Querida Abby..

Querida Abby,

Nós nunca nos encontramos antes, então isso pode parecer um pouco estranho, mas eu sinto que isto é necessário. Pra começar, meu nome é Jay, e trabalho na fila do caixa de um supermercado na Rua 67. Você sabe o estacionamento que é muito grande para a própria loja? Então, esse mesmo. Tenho 24 anos, sou bastante alto e tenho uma aparência um pouco desgrenhada. Você provavelmente não iria me reconhecer se eu fosse falar com você, afinal não tenho um rosto muito memorável. Heh, eu realmente não sei por que estou dizendo tudo isso, para ser honesto... Mas, este não é o ponto de me escrever-lhe.

Eu estava trabalhando até tarde da noite de ontem, foi um dia muito comum. Nada muito emocionante aconteceu, mas você ficaria surpreso como o quão interessante este trabalho pode ser às vezes. Eu estava lendo um livro que tinham deixado no caixa na mudança de turno, e era um mistério de assassinato realmente repleto de clichês. Incrivelmente chato, se você me perguntar. Mas ... É algo para fazer, eu acho. Quando você apareceu, porém, toda a minha noite mudou. Eu não sei exatamente o que em você que me chamou a atenção no início, mas logo que eu te vi eu tive esse sentimento estranho. Uma mistura estranha entre excitação e terror, essa é a melhor maneira que posso descrevê-lo, pelo menos. Eu vi você andar em minha direção e eu rapidamente me recompus, já que eu estava curvado na minha cadeira por um tempo, já que raramente alguém vem ao meu caixa.

Foi só quando você chegou mais perto que eu percebi o que chamou minha atenção em você... Você era absolutamente linda. Você se aproximou e falou "Hey" e me entregou seu carrinho. Eu podia ver pelo jeito que você falava e olhava para mim, que você não dormia há tempos, embora isso não foi surpreendente, considerando que era tão tarde. Depois de um ou dois segundos de silêncio constrangedor eu percebi que você me cumprimentou. Forcei um "o-oi" em resposta. Amaldiçoei-me mentalmente por isso.

Eu sentei lá por um segundo, tentando me concentrar. "Qual o seu nome?", Eu disse. Só mais tarde eu percebi o quão estranho isso pode ter sido. Que tipo de caixa de supermercado pergunta o nome de alguém? Mas estou feliz por ter perguntado. Eu me lembro de você falando que seu nome é Abigail, mas que te chamam de Abby. Abby... esse nome parecia se encaixar perfeitamente. O nome parecia rolar em minha língua quando eu o repetia, em silêncio. Era como o mel doce. Era muito bom falar isso. Você parecia perplexa quando eu olhei de volta para você.Será que fiz algo errado? "Você não devia estar embalando isso?" Você disse e apontou para seus mantimentos. De repente, chocado e envergonhado, eu olhei para cima e pedi desculpas, então desajeitadamente comecei a colocar as compras nas sacolas, o mais rápido possível. Eu não podia acreditar em mim mesmo, o quão estúpido eu era? Mas quando eu olhei para cima, percebi que você estava rindo.

terça-feira, 29 de julho de 2014

A Experiência BENKI

Não são poucos que, diante do fascínio à luz da ciência, desconhecem a verdadeira face dos experimentos realizados em prol do conhecimento. Talvez consiga elucidar melhor os meus dizeres, uma vez que contar-lhes o que aconteceu a um de meus subordinados. Devo, com antecipação, contextualizar a situação a que nos encontrávamos. Meu nome é Dr. Richard Andon, e há duas semanas fui designado como pesquisador-chefe no setor de biomedicina e genética. Meu novo assistente, David Thompson, introduziu-me ao laboratório.

David era um rapaz modesto, de carreira promissora no campo da ciência biológica. Sua aparência dispensava quaisquer apresentações, uma vez que era dotado do característico semblante “rato de laboratório”. Sei que não deveria descrevê-lo desta maneira, porém não tenho palavras que possam lhe surtir melhor. Era um excelente homem. E naquele enfadonho dia, após uma série de comprimentos e discursos de colegas de trabalho, levou-me ao setor do qual lhes falei.

O laboratório era deveras encantador. Espaçoso o suficiente para as inúmeras aparelhagens que o compunham. Não perderei meu curto tempo para descrevê-las, pois causaria a mim apenas maior ressentimento em perdê-las. Devo salientar que conforme David me acompanhava, atentei a uma pequena incubadora encostada ao canto, como que deixada de lado perante aos demais maquinários científicos. Dentro, pude observar apenas uma placa de petri, enquanto que abaixo, estampada na máquina, havia uma etiqueta onde podia ser lida a seguinte palavra: “BENKI”.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

"Abandonados pela Disney"

Talvez vocês não saibam, mas a Disney é a principal responsável por tornar uma pequena vila em uma vila fantasma que hoje é conhecida como “Ghost Town”. Deixe-me explicar, a Disney construiu o “Treasure Island Resort (Resort da Ilha do Tesouro)", que em 1999 teve o nome alterado para “Discovery Island (Ilha da Descoberta)" que esta localizada na Baía de Baker, nas Bahamas.

Discovery Island não era uma vila fantasma. Navios de cruzeiro da Disney realmente desembarcavam no resort e deixava os turistas para relaxarem no luxo.

Outro fato verdadeiro que você mesmo pode comprovar é que a Disney investiu 30 milhões neste paraíso tropical... Sim, trinta milhões de dólares.

Em seguida eles simplesmente abandonaram o local.

Eles culparam as águas rasas (rasas demais para que seus navios operassem em segurança), e sobrou até para os trabalhadores. A Disney disse que como eles eram das Bahamas, eles eram muito preguiçosos para trabalhar em um horário regular.

É aqui que a natureza factual da história acaba. Não era por causa da areia, e obviamente não era porque "os trabalhadores eram preguiçosos demais". Ambas eram desculpas convenientes.

Não, eu sinceramente duvido que essas razões eram legítimas. Porque eu simplesmente não acreditei na história oficial?

Por causa do Palácio de Mogli.

Perto da cidade litorânea de Emerald Isle na Carolina do Norte, a Disney começou a construção do "Palácio de Mogli" na década de 1990. O conceito era um resort com a temática da selva, com um enorme PALÁCIO, como você pode imaginar, no centro de tudo isso.