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sábado, 26 de outubro de 2013

Sombras Noturnas

A lua está acima de minha cabeça, eu ando sozinho mas com a companhia das sombras que se projetam nas paredes estreitas dos becos em que me encontro vagando.

Sinto que algo me persegue, porém tenho medo de confrontar seja lá o que for. Continuo andando esperando que vá embora juntamente com o meu medo, mas isso não é algo de se livrar facilmente. Caminho esperando ver uma alma viva sequer, um cachorro que seja! Para acabar com essa aflição.

No entanto, nada. A sombra continua ali, me espreitando e me seguindo aos meus calcanhares. Olho as vezes para trás e sinto todo o horror e malícia em toda sua negritude. Meu coração se aperta como o de um animal em um abatedouro, porém, diferente de um cordeiro que se silencia à hora da morte, meu coração me denuncia no beco úmido. As batidas constantes e desenfreadas de meu coração delator.

Nítidos como faróis num morro escuro, os olhos da criatura se puseram a observar-me. Tão obstante se abriram, os meus quase saíram de suas orbitas ao se encontrarem por uma fração de segundo com os dele.

Por Deus! Quanta agonia e aflição em uma noite só!

A escuridão me assola e me pressiona. Minhas pernas já não suportam tanto medo e tremem feito galhos numa tempestade. A lua cintilante no céu é a única testemunha ocular de meu medo e terror.

As luzes da rua já se ascendem no final do beco. Sinto que não chegarei a tempo de ver as luzes da cidade mais uma vez. Aperto o passo num último esforço por escapar das garras da sombra que se projetam nos tijolos úmidos. Quando chego enfim ao fim do túnel das ilusões e insanidades, olho para trás; olho para o corredor da morte e vejo nada mais do que a imaginação de um homem bêbado.

Escrito por: Lucas José

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Noite Maldita


Finalmente o dia 31 de outubro havia chegado aquele ano e mesmo que o Halloween não fosse um dia com muito prestígio no país, André sempre ficava animado com a chegada desta data todos os anos. Gostava de comemorá-la pelo fato de seu aniversário ser apenas alguns dias antes e sempre gostou de tudo que fosse relacionado à terror. A forma que a celebrava não envolvia nada de especial, apenas alugava alguns filmes para se sentir no clima e depois iria dormir, mas naquele ano tudo seria diferente.

No final da tarde havia passado em uma locadora, pois era uma das raras pessoas que preferia o jeito antigo e tradicional ao invés de assistir pela internet, e pegou três filmes, dois os quais já havia assistido e outro que o atraiu pelo nome, que indicava ser algum filme B, e André gostava de conhecer filmes novos mesmo que fossem ruins. O filme estava dentro de uma capa preta que continha apenas escrito “Halloween” na parte de cima. Imaginou que se tratava de uma cópia barata do filme original e como a data combinava com o título, decidiu alugá-lo. Outros dois fatores que o animara, foram que o filme não continha nenhum informação para se ler e ninguém da locadora sabia sobre ele, era como se tivesse aparecido do nada por lá.

Esperou a tarde da noite chegar para que não houvesse nenhum barulho na rua nem nas casas vizinhas e como morava sozinha e era uma sexta-feira, não precisaria se preocupar em acordar cedo no dia seguinte como fazia todos os dias da semana, então começou sua pequena maratona do medo. Já havia assistido os dois primeiros inúmeras vezes (A Profecia e Psicose, ambos eram antigos, porém ícones do terror) e mesmos sabendo tudo o que acontecia, adorava assisti-los e imaginava que jamais iria se cansar disso.

Na hora em que terminou de assistir os dois já estava cansado e eram as primeiras horas da madrugada, mas precisava assistir ao terceiro filme, se sentiu atraído a fazê-lo durante a noite toda e foi o que fez, mas logo depois se arrependeu de ter entrada justamente naquela locadora naquela tarde.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Chuva Mortal

Houve uma época em que os dias de chuva significavam dias de mortes e mistérios na pequena cidade de Lucópolis. Esses sinistros começaram em torno de 1989, ninguém na cidade se lembra direito da data e nem sabem se o terror terminou, mas todos já ouviram falar das histórias.

Tudo teve início com a grande tempestade, que de certa forma destruiu a cidade, ficando alagada e com casas destruídas, mas ninguém morrera por causa da chuva. Morreram por algo que vivia na estação de águas da cidade.


O caso começou a ser investigado quando cinco garotos estavam voltando para suas respectivas casas após mais um sábado de diversão entre amigos e quando atravessavam um terreno baldio que usavam como atalho, viram o que parecia ser um homem caído próximo ao muro que cercava o terreno. Não era possível ter certeza do que se tratava, então decidiram chegar mais perto para ver e quando viram o que era, se arrependeram de ter atravessado o terreno aquele dia.

O corpo estava virado para cima e em avançado estado de putrefação, vestindo apenas alguns trapos; o tronco estava com três marcas de mordida que não pertenciam a nenhum animal conhecido, pois as marcas eram bem grandes e possuíam um formato estranho, mas o inusitado veio com o reconhecimento do corpo: tratava-se de Raúl, um conhecido senhor aposentado que havia desaparecido no ano anterior.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Apenas Morte

No momento em questão,e se quiser eu posso jurar, eu estava sentado olhando pra ela, com toda aquela vida,com um sorriso no rosto, com aqueles cachinhos dourados voando ao vento.E logo depois ela estava lá ao lado daquela figura sombria, com aquele olhar estático que só os legistas do IML consegue entender, com aqueles cachinhos jogados ao chão não mais dourados e sim tingidos com um vermelho, e um vermelho bem vivo,ela ainda estava consciente quando cheguei, fiquei desesperado tentei pega-la no colo e ajuda-la, talvez por isso em testes tenha aparecido meu DNA, e talvez por isso “eu” estou aqui neste hospital sendo considerado um louco, e não o verdadeiro monstro que fez isso. Hoje já estou conformado com o que aconteceu com minha linda menina de cachinhos dourados, ainda mais agora que estou indo ao encontro dela no outro mundo, eu juro que até tentei lutar contra essa decisão, mas aquele ponto aquela criatura já havia consumido toda minha sanidade, e agora a única coisa que me resta? Apenas a morte.


Autor: Anônimo

sábado, 6 de abril de 2013

Só Mais uma Vez..

Sabe quando estamos dormindo, como se apenas os sonhos nos rodeassem? E não seriam apenas sonhos, e se fosse um estado onde as pessoas estão vivendo realmente, sem limites. E se os nossos corpos forem recipientes para algo maior. Algo que não tem explicações cientificas ou até mesmo religiosas, talvez não estamos vivos e sim eles que estão sempre procurando, sempre nos observando.
Agora mesmo eu sei que você está sentado, em frente ao seu computador. Assustado ou não. Eu sempre te olhei dormir, te vi nascer, crescer e agora vou te vigiar. Pois não sou eu que estou morto e sim você.. Só mais uma vez vou te ver dormir..


Créditos: Hoshigaki Melody

Casa Comigo?

"Shhh querida, fique calma.. Não vai doer nada, te esperei por muito tempo e agora estou te observando.. Em uma cama de hospital, extremamente linda, do jeito que sempre gostei... Te observar é a minha hora favorita, quero te ter para sempre minha querida para todo o sempre que eu cuidarem de você e te protegerei de tudo e todos.."

Foi isso mesmo que sussurrei em seus ouvidos minha querida, eu prometi que não vai doer certo? E não vai doer apenas irei fazer seu coração parar em alguns segundos, sua família vai desligar seus aparelhos que a mantém viva pois é um caso perdido, não para mim... Vou te fazer perfeita para amar, ser amada e deixar sua vida melhor ao meu lado.. Você, eu e uma menininha que futuramente irei pegar para mim apenas sussurrando em seu ouvido assim como eu fiz com você.. Então, você aceita ser a minha esposa? Quer ser a esposa da Morte?


Crédito: Hoshigaki Melody

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Creepypasta Bloody Mary


Eu, Jonas (16), e meu melhor amigo, Élvio (15), estávamos no banheiro da minha escola nos trocando para a aula de futebol, que começava dali a quinze minutos. Quando acabamos de nos trocar, como não tínhamos nada para fazer, resolvemos fazer o pior erro da nossa vida. Invocamos a Bloody Mary (ou Loira do Banheiro, como você preferir.).

Mary, segundo as lendas, foi executada à 100 anos por ser uma bruxa, e então vendeu sua alma ao Satanás para se vingar de todos que ousarem tocar em seu nome, arrancando seus olhos. Bom, Élvio e eu não acreditávamos nisso. Pois bem, apagamos todas as luzes do banheiro (era oito da noite). Tudo ficou escuro e nós dissemos: "Bloody Mary." Nada aconteceu. "Bloody Mary". "Bloody Mary".

Foi aí que meus olhos começaram a arder, pareciam estar sendo fritados. Élvio e eu não parávamos de gritar. Pelo jeito, os olhos dele também estavam fritando, pois ele não parava de gritar "Meus olhos! Meus olhos!", assim como eu.

Eles estavam realmente QUEIMANDO. Desesperado, fui correndo ao interruptor e acendi a luz. Quando vi no espelho, meus olhos estavam sangrando e, com sangue, havia escrito no espelho "Die", em inglês "Morra". Élvio e eu lavamos o rosto e passamos papel higiênico no espelho para limparmos a escrita em sangue.

O treinador de futebol achou que estávamos com conjuntivite porque nossos olhos estavam vermelhos e nos mandou para casa. Estávamos indo a pé para casa (nós éramos vizinhos de frente). Eu fiquei na frente da minha casa, esperando Élvio atravessar a rua para entrar na dele. Porém, no meio da rua, passou um caminhão e o atropelou. Comecei a gritar e fui até ele. Os olhos dele haviam sumido. No lugar dos olhos, só havia dois buracos pretos.

Logo ambulâncias chegaram, mas Élvio não resistiu. Dentro de casa, eu estava chorando inconformado, enquanto meus pais me consolavam. Eu não havia contado para ninguém sobre a nossa invocação da Bloody Mary. Entrei no meu quarto e estranhei uma coisa: eu tocava piano e eu tinha um piano no meu quarto. Ele não estava ali. Onde estava o piano? Olhei para cima. O piano estava caindo do teto do meu quarto, e ele estava cheio de espinhos embaixo dele. Aquilo ia me estraçalhar. Gritei e saí correndo do meu quarto a tempo de conseguir fugir do piano.

Bloody Mary nunca ia parar de tentar me matar. Então tive uma ideia: me comuniquei com ela por uma tábua Ouija (mais conhecida como jogo do copo). Eu implorei para que ela parasse de tentar me matar. Até que eu perguntei se ela iria parar, e o copo se mexeu para o sim. Ufa! Que alívio.

Antes de dormir, fui até o banheiro. Quando entrei, a porta se trancou sozinha. Eu não conseguia abrir. Senti uma mão no meu pescoço. E os meus olhos começaram a fritar novamente. "NÃÃÃÃÃO!". Gritei. Meus olhos não paravam de queimar. Desta vez, quando apertei o interruptor, a luz não acendeu.

Escrito por: Thiago do blog Seus Terrores